Pecuarista segura gado aguardando preços melhores, com perspectivas favoráveis no cenário internacional

Publicado em 26/02/2020 14:39
Marcos Jacinto - Diretor Regional-Leste da Acrimat
Mercado do boi - Entrevista com Marcos Jacinto - Diretor Regional-Leste da Acrimat

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Mercado do boi - Entrevista com Marcos Jacinto - Diretor Regional-Leste da Acrimat

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O bovinocultor testemunha atualmente uma oscilação dos preços a arroba, com variação de produtor para produtor nos valores negociados, segundo Marcos Jacinto, diretor regional-Leste da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Entretanto, ele afirma que a perspectiva é de melhora para o setor, com notícias de que a China, por questões sanitárias, deve reduzir o consumo de carne de animais silvestres e, por consequência, importar mais proteína animal, e da abertura dos Estados Unidos à carne bovina in natura brasileira.

Segundo Jacinto, estas notícias sinalizam um cenário positivo e dão um norte para o pecuarista trabalhar a longo prazo. "A informação é que a China terá que importar no próximo ano o dobro de carnes que importou no ano de 2019, e entre os países que estão em condições de atender a esta demabda, sem sombra de dúvidas o Brasil está incluído", afirma.

"Isso vem de encontro da abertura dos Estados Unidos para a carne bovina in natura brasileira, que pode exportar para a China carne bovina mais cara e importar do Brasil para suprir o mercado interno", explica.

Ele ainda cita o mercado interno brasileiro, com cenário de melhora na economia, expectativa de aumento no número de empregos, o que deve favorecer os preços da carne.

Para Jacinto, o Brasil tem, sim, condições de atender ao aumento de demanda, porém este crescimento precisa ser gradativo. " A gente não consegue, no caso do boi, acelerar o processo. A vaca é inseminada hoje para abater o boi que nascer daqui três anos. Essa demanda por alimento mundial já era prevista, mas o Brasil tem condições de ampliar e dobrar a produção de carne, só não pode fazer isso de forma muito rápida".

VENDAS A CONTA-GOTAS

Segundo o diretor regional-Leste da Acrimat, os frigoríficos não estão alongando muito as escalas, porque o produtor está segurando o gado. Entre os motivos está o fato de que não há tanto produto pronto e porque o pecuarista está esperando melhores preços, fazendo as negociações aos poucos.

"Ao mesmo tempo o frigo não faz longas escalas para esperar o produtor que precise vender algo pra vender para pagar as contas ofecerer os produtos, aí que fica a queda de braço e tem a variação de um produtor para outro", explica.

Segundo Jacinto, agora é um momento favorável, com chuvas boas favorecendo a abundância de pasto, engordando a boiada. "É uma época mais tranquila para o produtor dar uma segurada, porque não tem aquela necessidade de vender por falta de comida, ou por baixar a qualidade da comida, o que dá um pouco mais de fôlego".


 
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Por:
Aleksander Horta e Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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