Exportação de carne tem compras reduzidas pela UE, renegociação de valores por Rússia /Oriente Médio e volta lenta da China

Publicado em 23/03/2020 13:50 e atualizado em 23/03/2020 15:22
No mercado interno a demanda segue indefinida e a oferta restrita ajuda a manter os atuais patamares de preços
Hyberville Neto - Analista da Scot Consultoria

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Entrevista com Hyberville Neto - Analista da Scot Consultoria sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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Com o agravamento do novo coronavírus em outros países,  a União Europeia já reduziu o volume de compras de carne bovina in natura Brasileira. A Europa fora das compras e o valor do petróleo faz com que outros países, como a Rússia e Oriente Média, renegociem o valor do produto. 

 

De acordo com o Analista de Mercado da Scot Consultoria, Hyberville Neto, as exportações são um ponto importante e a China ainda está voltando às compras em ritmo lento. “A tendência é que a potência asiática precise recompor os estoques para os próximos meses, apesar de estar com uma economia mais fragilizada”, ressalta. 

 

As cotações no mercado físico do boi gordo estão com uma leve pressão de baixa já que os frigoríficos estão testando uma demanda incerta. “O que está segurando as pontas é a retenção dos animais por parte dos pecuaristas que contam pastos de boa qualidade”, afirma. 

 

O ritmo de negócios está lento, com patamares de referências no estado de São Paulo para o boi gordo está ao redor de R$ 188,00/@, à vista e livre de funrural. “A pressão de baixa diminuiu frente a semana anterior visto que a venda de animais foi mínima”, aponta. 

 

Atualmente, as programações de abate estão próximas de três dias úteis e o novo coronavírus pode comprometer a rentabilidade das pequenas e médias indústrias. “Esse cenário é muito complicado e algumas indústrias de médio porte podem fechar as portas ou dar férias coletivas. É algo para se acompanhar de perto”, diz Neto. 

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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