Mercado futuro do boi reage e cotações indicadas para o final do ano já deixam margem para quem quer confinar

Publicado em 09/06/2020 14:38 e atualizado em 09/06/2020 20:04
No entanto, custo elevado da reposição e incertezas sobre a demanda por carnes podem limitar decisão de ampliar oferta
Thiago Bernardino de Carvalho - Pesquisador do Cepea

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Entrevista com Thiago Bernardino de Carvalho - Pesquisador do Cepea sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, destacou que os preços atuais do mercado futuro estimulam os produtores rurais a investir no confinamento no segundo semestre. “A arroba nos patamares de R$ 206,00 a R$ 210 no final do ano traz um alívio para os pecuaristas”, comenta. A margem de 20 a 30 reais por arroba é atrativa para a atividade. 

No entanto, a reposição cara e a falta de perspectiva para uma melhora na demanda por carnes no segundo semestre, estão no radar dos pecuaristas que tentam evitar decisões precipitadas.

As perspectivas para uma melhora no consumo interno estao limitadas por um cenário de agravamento da crise econômica. “As exportações representam 25% da nossa produção e o restante fica no mercado interno. As atividades econômicas vão ser retomadas, mas não como era antes”, aponta.

Por outro lado, as exportações seguem altamente dependentes das compras chinesas, que juntamente com Hong Kong compraram cerca de 56% da carne brasileira exportada em 2020. “A China está comprando muita carne brasileira, mas precisamos entender como será a demanda asiática para os próximos meses e como outros países vão continuar aumentando as suas compras para o produto brasileiro”, afirma.

Confira a entrevista completa no vídeo acima.

JBS obtém liminar para reabertura de frigorífico no RS

SÃO PAULO (Reuters) - A JBS conseguiu nesta terça-feira liminar para reabertura de fábrica de processamento de carne suína em Caxias do Sul (RS), que havia recebido determinação da Justiça do Trabalho na semana passada para suspensão das atividades por 14 dias após casos de Covid-19 serem detectados entre os funcionários da unidade.

A liminar foi concedida pelo desembargador do Trabalho Roger Ballejo Villarinho, do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, que afirmou que "há a demonstração de que a empresa vem adotando uma série de medidas de prevenção e combate ao Covid-19, contando inclusive com consultoria especializada, do Hospital Albert Einstein, visando à implementação de protocolos de segurança".

O desembargador ainda afirmou que a decisão anterior, de 5 de junho, que determinou o fechamento da fábrica foi "ilegal/abusiva, no quanto determina, de forma excessiva e sem suporte normativo o fechamento da unidade empresarial da impetrante pelo prazo de 14 dias".

Segundo a ação aberta por procuradores que pediam o fechamento da fábrica, 21 dos 1.700 trabalhadores da unidade contraíram coronavírus e dois foram hospitalizados.

 

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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