Quadro de escassez de oferta de animais deve permanecer até meados de julho e sustentar cotações da @ do boi

Publicado em 15/06/2020 14:17 e atualizado em 15/06/2020 16:04
A partir da segunda metade de julho pode aparecer maior volume de animais de confinamentos, mas ainda assim não será suficiente para derrubar preços, diz analista
Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos

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Quadro de escassez de oferta de animais deve permanecer até meados de julho e sustentar cotações da @ do boi

 

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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Analista da Cross Investimentos, Caio Junqueira, destacou que a oferta restrita de animais deve seguir até julho e os preços da arroba devem ficar sustentados. "Nas últimas três semanas, o que tem ditado o preço do boi é a baixa disponibilidade de animais para o abate. No levantamento da AgroBrazil, a média a nível Brasil de escalas de abate estão ao redor de cinco dias úteis com o auxilio do feriado da última semana, se não teriamos uma média de três dias úteis", comenta. 
 
As indústrias estão em busca de matéria-prima para atender a demanda do início do mês e podem pagar preços melhores com o aumento dos preços da carne no atacado. "Alguns cortes estão com preços de R$ 14,20/kg o que equivale a um animal de R$ 209,00/@. Nós observamos na última semana, as pequenas indústrias que atuam no mercado externo procurar por animais e pagar valores maiores", afirma. 
 
Do lado da demanda asiatica, o analista aponta que não tem novos negócios ocorrendo e que o mercado segue parecido como o início de junho. "Os contratos vigentes em sua grande maioria vão até o dia 10 de julho, sendo que essas toneladas foram negociadas ao redor de US$ 4.500,00 a US$ 4.700,00 dependendo do lote e com um dólar cotado acima dos R$ 4,00", relata.
 
Junqueira ainda explica que os contratos que estão ocorrendo de agora em diante estão sendo negociados nos patamares de US$ 4.000,00. "É uma briga muito comum entre compradores e exportados,na qual as indústrias já estão cientes da forma dos chineses em negociar. Porém, a qualquer momento eles podem voltar a comprar com mais afinco já que os estoques chineses estão abastecidos", conclui. 
Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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