Gado para reposição some do mercado e preços disparam no interior de SP

Publicado em 09/07/2020 14:13 e atualizado em 09/07/2020 15:56
Francisco Brandão - Vice-Presidente do Siran
Boi magro de 14@ chega a ser negociado a R$3500,00, bem acima dos R$2900,00 de 45 dias atrás. Preços do bezerro estão 10% acima da média histórica na região

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Entrevista com Francisco Brandão - Vice-Presidente do Siran sobre o Mercado do Boi Gordo

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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Vice-Presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), Francisco Brandão, destacou que as indústrias frigoríficas testaram na semana passada pressionar os preços ofertados na arroba do boi gordo. “Um dos fatores se deve pela as precauções dos chineses contra a disseminação do coronavírus no país e também que um dos grandes frigoríficos colocaram muita carne no atacado de São Paulo”, comentou.

Os animais que foram entregues para os confinamentos ainda não estão terminados, ou seja, a oferta restrita de animais deve seguir por mais algumas semanas. “O gado de confinamento começa a sair no final de julho até setembro para quem faz a primeira etapa. Por isso, os frigoríficos estão ofertando valores entre R$ 220,00/@ a R$ 230,00/@”, ressalta.

Os pecuaristas estão bem cautelosos antes de negociar um animal já que a reposição está elevada. “Os produtores estão buscando por animais mais jovens e isso tem travado um pouco novos negócios. Além disso, está muito difícil de encontrar animais com 270 kg para confinar”, relata.

Brandão aponta que um animal de 425 kg estava cotado no inicio de junho a R$ 2.900,00. “Há 15 dias, eu comprei um animal com baixa qualidade e paguei R$ 3.100,00. Hoje com esse valor você compra um boi magro com menos de 13 arrobas e animais zerados estão na faixa de R$ 3.500,00”, alerta.

Atualmente, as referências para a arroba do boi futuro estão próximas de R$ 213,00/@ para o contrato outubro. “Esses atuais patamares não estão nem próximos do que o mercado físico precifica. Com o contrato outubro mais barato do que no mercado físico não é possível fechar animais no confinamento e esse risco o pecuarista não gosta de correr”, explica.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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