Frigoríficos têm dificuldades para ampliar as compras em SP, mas evitam elevar patamar de preços da arroba
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Entrevista com Douglas Coelho - Sócio da Radar Investimentos sobre o Mercado do Boi Gordo
As indústrias frigoríficas começaram a ter dificuldade em originar matéria prima para as escalas de abate no estado de São Paulo, mas estão evitando elevar os valores pagos pelos os animais. Com a carne no atacado cotada a R$ 15,00/kg, as indústrias estão cautelosas em negociar preços em patamares elevados.
Segundo o Sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, as referências para o animal comum ficaram estáveis ao redor de R$ 226,00/@ a R$ 227,00/@ em São Paulo. “Os preços voltaram a subir em outras localidades, como foi o caso do Triângulo Mineiro e Goiás. A nossa expectativa é de firmeza e devemos buscar valores maiores nos próximos dias”, comenta.
Já para os animais que atendem o padrão exportação, os valores balcão estão ao redor de R$ 232,00/@. “Se a carne alcançar outros patamares, é possível que tenha um movimento mais forte. Além disso, estamos vendo um movimento de alta muito forte em outras regiões e São Paulo deve acompanhar esse cenário”, afirma.
Os dados das exportações podem contribuir para a sustentação de preços, já que a média diária exportada está em torno das 8,11 mil toneladas até a segunda semana de agosto. “Nós temos uma projeção de que o volume exportado fique próximo de 170 mil toneladas até o final do mês. Isso deve contribuir para manter o mercado interno enxuto”, destaca.