Feriado de Nossa Sra. Aparecida pode colocar arroba do boi em novo patamar de preço, saiba porquê

Publicado em 06/10/2020 12:48 e atualizado em 06/10/2020 15:34
Apesar do aumento no volume de animais confinados em outubro, a participação reduzida de fêmeas nas escalas de abate deve regular oferta
Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos

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Entrevista com Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, destacou o feriado do dia 12 de outubro vai impactar as programações das escalas de abate já que muitos trabalhadores preferem resguardar a data. “Nós já temos uma situação de baixa oferta e ainda tem indústrias que não fecharam as programações para a quinta-feira e sexta-feira desta semana”, relata.

A expectativa do mercado é a na próxima segunda-feira (12) e terça-feira (13) o mercado registre baixo volume de negócios. “Podemos ter novas altas acontecendo para a arroba a partir desta quarta-feira até sexta-feira desta semana, justamente para completar as escalas de abate na próxima semana”, comenta.

Segundo o levantamento do aplicativo da Agrobrazil, o preço do boi casado no atacado paulista está em torno de R$ 16,30/kg, isso equivale um animal cotado a R$ 245,00/@. “Só que nós temos que levar em consideração que os cortes miúdos estão muito valorizados e isso ajuda as pequenas indústrias a se manterem no mercado e ofertar preços maiores para a arroba”, relata.

Com relação aos animais confinados, é possível que tenha um aumento da oferta de gado no mercado e o cenário de oferta restrita de animais deve permanecer. “Como não tem uma quantidade elevada de fêmeas ofertadas no mercado, o volume que vai sair para o mercado não deve pressionar as cotações”, pontua.

O Analista ressalta que uma demanda mais aquecida da potência chinesa pode estimular novas altas nos preços do boi no mercado externo. “A indústria brasileira está muito mais organizada em termos de exportação e aumentando o valor do produto gradativamente e se estruturando nas negociações para não ter nenhum entrave, como visto no ano passado”, informa Junqueira.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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