Lockdown em SP pode afetar consumo de carnes em food services e pressionar @ do boi

Publicado em 22/01/2021 12:57 e atualizado em 22/01/2021 16:09
Demanda de exportação também precisa ser monitorada , principalmente para entender necessidade chinesa de ampliar as compras no Brasil
Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX

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Entrevista com Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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O novo lockdown adotado decretado pelo governo de São Paulo, com fechamento de bares e restaurantes pode prejudicar o consumo de carne bovina e pressionar os valores da arroba do boi. E a partir de fevereiro já vai ser possível ter uma visão mais clara de como será o desempenho do consumo interno nos próximos meses. 

De acordo com o Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX, Caio Toledo Godoy, o fechamento de bares e restaurantes pode impactar mais nos preços dos cortes de traseiro, que registrou uma valorização significativa no final do ano passado. “Eu acho pouco provável que tenha uma transferência de consumo do traseiro para dianteiro com a população nas residências, mas é preciso monitorar”, afirma. 

Com relação à demanda externa, o analista destaca que é preciso acompanhar como serão  as importações de carne pelos chineses após o feriado de ano novo lunar. “Eu acredito que o Brasil pode se tornar um grande exportador de milho para a  Ásia, e reduzir as compras de carne brasileira. Porém, é preciso ter um pouco mais de informação para ter uma leitura mais clara”, destaca. 

O mercado do boi segue sustentando diante da oferta restrita de animais e que pode levar os preços da arroba para um outro patamar. “Nas próximas semanas, a arroba tem condições de alcançar os R$ 300,00/@ em função da falta de animais para o abate. Se o câmbio permanecer na casa dos R$ 5,40 as exportações ficam mais atrativas, e assim, podemos ter preços para a arroba mais firmes”, aponta. 

Apesar dos preços elevados para a arroba, os custos de produção para os pecuaristas seguem apertados  “A margem do pecuarista vai depender muito de quando comprou o grão, mas as contas são muito próximas do zero a zero, principalmente para o produtor que não estava esperando a alta do milho. Nós temos dois problemas com o cereal, o primeiro é o preço e o segundo ponto é encontrar alguém que queira vender, pois o produtor de milho também está esperando preços maiores”, comenta. 

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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