Brasil já embarcou 130 mil t de carne bovina na parcial de setembro e tem potencial para superar as 142 mil de 2020, mesmo com embargo

Publicado em 22/09/2021 12:12 e atualizado em 22/09/2021 17:05
Cepea minimiza risco de desova de estoques de carne bovina no mercado interno. Se os estoques fossem tão grande, frigoríficos já estariam realocando oferta para o mercado interno, avalia pesquisador
Thiago Bernardino de Carvalho - Pesquisador do Cepea

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Entrevista com Thiago Bernardino de Carvalho - Pesquisador do Cepea sobre o Mercado do Boi Gordo

Os embarques de carne bovina brasileira seguem com bom desempenho apesar dos casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da ‘vaca louca’. O volume exportado atingiu 130,5 mil toneladas até a terceira semana de setembro, sendo que o total embarcado em todo mês de setembro do ano passado foi de 142 mil toneladas. 

O Pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, destacou que ainda restam 9 dias úteis para encerrar o mês de setembro e podemos bater o recorde do volume exportado ou ter uma desaceleração dos embarques por conta da suspensão da China. “Os chineses são muito pragmáticos para negociar e podemos ver eles tentando renegociar os preços da tonelada da carne”, disse ao Notícias Agrícolas.

Com relação aos estoques, o pesquisador aponta que alguns frigoríficos contam com produtos estocados à espera da retomada da China às compras. “Eu acredito que temos um estoque, mas que não deve impactar a dinâmica no mercado doméstico. A indústria vai trabalhar com o estoque para o aguardo da retomada dos embarques para a China e para minimizar os prejuízos”, relatou. 

Algumas indústrias frigoríficas que têm operações em outros países já sinalizaram que não iam sofrer com os estoques excedentes de carne bovina e que iriam exportar para outros países, como é o caso dos Estados Unidos. “Por mais que a China é a cereja do bolo para o mercado brasileiro e as empresas estão buscando diversificar os parceiros comerciais. Com isso, os Estados Unidos está crescendo como um novo parceiro do Brasil”, comentou.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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