Fôlego para segurar animais nos confinamentos está ficando cada vez mais curto e oferta pode aumentar a partir de outubro, alerta Radar Investimentos

Publicado em 24/09/2021 12:36 e atualizado em 24/09/2021 14:44
Semana para os negócios com o boi gordo encerra mais fraca do que começou
Douglas Coelho - Sócio da Radar Investimentos

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Entrevista com Douglas Coelho - Sócio da Radar Investimentos sobre o mercado do boi gordo

 

Com as informações de doença da vaca louca no início de setembro, muitos pecuaristas decidiram reter os animais na engorda. A expectativa é que no início de outubro tenha um maior volume de animais terminados que precisam ser entregues e os preços da arroba bovina podem ficar ainda mais pressionados. 

Segundo o sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, o mercado estava com a expectativa de retirada do embargo da China nas exportações de carne bovina. “Os agentes do mercado estavam achando que a suspensão do embargo duraria 15 dias, como ocorreu no ano de 2019. No entanto, a China está demorando para sinalizar e isso deixa o setor apreensivo”, comentou. 

Os preços da carne bovina no mercado interno não tiveram muitas oscilações já que as indústrias frigoríficas fizeram o remanejamento do volume destinado ao consumo doméstico. “As indústrias frigoríficas se organizaram para reduzir o volume de animais abatidos e evitar estoques no atacado”, destacou. 

Na semana passada, os preços da carne bovina no atacado passaram de R$ 18,94/kg para R$ 18,72/kg em São Paulo. “É natural ter esse movimento de queda diante da sazonalidade do mês, em que a renda da população fica mais curta. Porém, não houve um impacto contundente nos valores da carne que afete a arroba do boi”, afirmou.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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