2º semestre já sinaliza preços até R$ 10 por saca maiores nos portos do Brasil, informa Pátria Agronegócios

Publicado em 06/02/2025 10:09 e atualizado em 06/02/2025 11:31
Mercado tende a se recuperar após passagem crítica da entrada da nova oferta, com demanda ainda presente e melhora dos prêmios. Volatilidade continua em Chicago.
Matheus Pereira - Sócio-Diretor da Pátria Agronegócios
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2º semestre já sinaliza preços até R$ 10 por saca maiores nos portos do Brasil, informa Pátria Agronegócios

 

O sobe e desce intenso dos preços da soja na Bolsa de Chicago têm impactado de forma bastante limitada na formação dos preços no mercado brasileiro nas última semanas. A chegada da nova oferta e mais o dólar recuando pesaram sobre o mercado nacional, porém, uma recuperação já é esperada para o segundo semestre, como explicou o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio desta quinta-feira (6). 

"O primeiro ponto (para esta recuperação) é a demanda. Os chineses estão com muito apetite por soja, em especial do Brasil, esses conflitos entre Trump e Xi Jinping reforçam a necessidade de a China manter essa boa relação com o Brasil. E só para de comprar do Brasil quando há a escassez do grão exportável", diz. 

As referências no porto de Paranaguá, por exemplo, são de R$ 133,30 por saca no disponível; R$ 130,00 no março - descontado por prêmios, com o prêmio na casa dos 18 centavos de dólar negativo -, o abril já se recuperando com R$ 133,00; maio com R$ 137,00; junho com R$ 140,00 e julho sinalizando os R$ 143,00 por saca. 

Tabela: Pátria Agronegócios

"O mercado entende que, durante a colheita, é natural essa pressão, mas que ela vai se esvaindo na medida em que os negócios vão sendo realizados, os compromissos honrados, e a soja estocada, armazenada, já planejada para ser carregada para o próximo semestre", cokmpleta Pereira. 

Na Bolsa de Chicago, a volatilidade tende a continuar. O desalinho das relações comerciais entre China e Estados Unidos continuam no foco dos traders, o clima na América do Sul também, bem como a comercialização por aqui também. Este quadro somado às incertezas que uma parcela grande de produtores no Brasil enfrenta diante do tempo adverso comprometendo o potencial de suas lavouras deixa a comercialização bem mais lenta por aqui. 

"As novas vendas pelos produtores, a futuro, estão um pouco frias, e neste período isso é normal, ainda mais em anos como este, de uma colheita atrasada. É normal que grande parte da base produtiva que já fez negócios a futuro ou estão aguardando - para tirar soja do campo e honrar os compromissos - ou são aqueles produtores que já se planejaram, e nesses engasgos de trabalho de campo é normal que com essas dificldades haja uma paralisação de novas vendas", conclui o analista de mercado e diretor da Pátria. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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