Tradings já cotam fretes no Golfo para China retomar compras de soja nos EUA; Chicago segue em alta
Tradings já cotam fretes para China retomar compras de soja nos EUA; Chicago segue em alta
Depois das últimas notícias dando conta de que China e Estados Unidos estariam bem próximas de um acordo, os rumores de que a nação asiática deve efetivamente retornar ao mercado norte-americano de soja se intensificaram e a informação é de que as tradings já estão cotando fretes no Golfo dos EUA para a aquisição da oleaginosa. "Ainda estão cotando, não fecharam ainda. Mas é um sinal de que estão prontas para ofertar", explica o analista do complexo soja e diretor da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio desta terça-feira (28). "As tradings estão se preparando para fazer negócios Estados Unidos x China".
Vanin explica que agora há dois pontos importantes sobre as próximas compras chinesas de soja, sendo um deles o comportamento das empresas privadas - que comprarão o produto mais barato, ajustando a qualidade, e neste caso o Brasil se destaca, já que os preços caíram 50 centavos por bushel posto China na semana passada - e o segundo é o volume que será negociado entre os dois países, que é algo ainda desconhecido pelo mercado.
A janela que a China terá para aproveitar as oportunidades que os EUA poderão oferecer agora, ou que o Brasil poderá continuar oferecendo, é curta, em especial para as crushers privadas. Além da janela, as margens também precisam ser avaliadas e, por lá, não vivem seus melhores momentos.
"No final das contas, 70% do esmagamento da China vê esse momento ruim, comprando apenas para cumprir os contratos de entrega de farelo que já têm, inclusive está difícil vender farelo na China, mais difícil do que foi esse ano, pensando para frente. Então, eles enxergam este momento - o embarque dezembro-janeiro - não muito bom e não é porque a soja está cara não, o flat price está barato, igual ao ano passado posto China, mas por conta fdo farelo", detalha o analista.
Acompanhe a análise completa no vídeo acima.