Desfolha acentuada dos cafezais pode reduzir em até 10 milhões de sacas a produção de café arábica na próxima safra

Publicado em 18/08/2016 18:37
Mais importante que uma florada antecipada que pode ocorrer com as chuvas dos próximos dias é a situação preocupante das lavouras, que estão desfolhadas e sem condições para garantir uma produtividade elevada na próxima safra
No Sul de Minas, a próxima safra de café arábica está ameaçada pela atual condição das lavouras. Desfolhadas, elas comprometem a  produtividade para a próxima safra. 

Para José Braz Matiello, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé de Varginha, na safra atual foram produzidas 36 milhões de sacas de café arábica. Já para o próximo ciclo deve haver uma redução de cerca de 30%. " Se fosse arriscar hoje, eu daria de 5 a 10 milhões de sacas a menos no arábica.As plantas estressaram muito com a condição climática. Alguns produtores já estão antecipando a poda", conta.

Uma chuva prevista para os próximos dias no sul de Minas, no entanto, mostra condições favoráveis para algumas lavouras, que estão com o ciclo de produção adiantado. Essa chuva pode gerar floradas que, se não encontrarem um constante tempo úmido e frio nos próximos 20 a 40 dias, possuem capacidade para um bom rendimento.

A falta de chuvas neste período, segundo Matiello, é até boa, pois a umidade favorece as doenças da floração e o abortamento.Nos meses anteriores, as chuvas favoreceram também o suprimento da umidade do solo e fizeram com que algumas regiões tivessem plantas menos estressadas do que nos anos anteriores.

Tags:

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Oscar do Agronegócio é do café: Na categoria produtor rural, Ucha leva reconhecimento pelas ações que vem realizando no setor cafeeiro
Em semana de pressão, robusta recuou 14,70%, arábica 10,56% e mercado monitora chuvas
2ª Jornada: 'O mercado e o café carbono neutro' reúne especialistas da cafeicultura, no Cerrado Mineiro
OIC: Exportação mundial de café tem alta de 8% em março
Ainda de olho no Vietnã, café continua no negativo em Londres e Nova York