Leste de Minas é a primeira região do país a registrar a principal florada do café. Safra recém encerrada rendeu 8 milhões sacas

Publicado em 04/10/2016 13:16
Além de uma excelente produção, qualidade do café melhora e preços médios sobem com maior demanda pelo café rio para substituir conillon

Na Zona da Mata de Minas Gerais, os produtores de café estão animados com as expectativas para a próxima safra. Neste momento, as floradas mostram que a produção tem saúde e condições de dar um bom retorno no próximo ano.

De acordo com o presidente da Câmara do Café da Mata de Minas, Admar Rodrigues Soares, o clima, as condições financeiras e o acompanhamento técnico foram fundamentais para que as plantas de café se encontrassem saudáveis neste momento. Cerca de 90% das lavouras não enfrentaram problemas climáticos.

Na última safra, os resultados também foram animadores, com produção de cerca de 8 milhões de sacas de café, com uma média de 120 municípios envolvidos. Para o presidente, a colheita, em comparação os três anos anteriores de aflição e angústia do café, trouxe esperanças para todos os produtores e foi fundamental para manter e garantir a presença dos produtores na cafeicultura.

A qualidade desse café também se encontrou em níveis importantes, assim como os preços praticados para cada tipo. O café rio, que encontrou espaço de valorização em substituição ao conilon, que passou por problemas no Espírito Santo, representa cerca de 20% a 25% da safra, está sendo vendido em torno de R$340 a saca. Já o café bebida, tipos 6 e 7, está em torno de R$480 a saca, com negociações que chegaram até mesmo a R$500 a saca.

Cerca de 40% dos produtores, no entanto, mantém o café guardado. De acordo com o presidente, esses produtores estão satisfeitos com o valor, mas aguardam a movimentação do cenário político e uma melhora na economia para colocarem seus produtos no mercado. “Para quem está podendo segurar o café, essa é uma grande motivação”, aponta.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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