Projeção do mercado internacional de super-safra de café em 2018 é precipitada, avalia Carlos Paulino

Publicado em 27/04/2017 14:38
Para presidente da Cooxupé, parque cafeeiro brasileiro não comporta super-safra especulada pelo mercado. Na safra deste ano, fundamentos são positivos com perspectiva de produção menor e baixos estoques, mas preços não reagem diante da instabilidade financeira internacional. Produtor deve ter cautela nas negociações
Confira entrevista de Carlos Alberto Paulino da Costa - Presidente Cooxupé

Para Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, os fundamentos do mercado de café arábica são positivos. O estoque está baixo, a produção é baixa e as notícias dão conta de que a colheita terá quebras. Entretanto, o mercado não reage em função de outros itens, como uma situação internacional nebulosa e as expectativas para a safra de 2018.

Ele lembra que o café depende muito do sistema financeiro e que os problemas internacionais afetam os preços indiretamente. Por outro lado, comentários dão conta de uma superssafra no Brasil para o ano que vem, o que ele acredita não ser provável. Isso se deve ao fato de o parque cafeeiro atual não comportar uma superssafra.

Paulino também destaca a necessidade de políticas públicas que deem condições aos produtores de garantir preços sustentáveis. Entretanto, ele acredita que o recurso disponível na praça deve ser vendido em doses e aconselha os produtores a não segurar muito para confiar totalmente nas políticas disponibilidades pelo Governo Federal.

Brazil & Sustainable Coffee Conference

Realizado na terça-feira (25), o evento trouxe 12 jornalistas da Europa e dos Estados Unidos, que agora partirão para visitar plantações de café no Brasil. O presidente destaca a necessidade de demonstrar que o café é um produto saudável e sustentável e visa melhorar, cada vez mais, a imagem do café brasileiro nos países consumidores para que, no futuro, não haja barreira sanitária.

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Por: João Batista Olivi e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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