Café: Quedas nos preços em NY travam mercado físico brasileiro e poucos negócios são fechados

Publicado em 31/01/2020 14:30
Estimativas de safra, chuvas dos últimos dias e a apreensão do setor financeiro mundial envolvendo o Coronavírus, faz com que os preços fiquem em queda
Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes

Podcast

Entrevista com Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes sobre o Mercado do café

 

Download

Com as negociações em baixas na Bolsa de Nova York (ICE Future US), o mercado físico brasileiro tem ficado travado nos últimos dias. Segundo o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, como os preços no mercado físico interno são baseados nos preços do exterior e estão abaixo do que é esperado pelo setor, muitos produtores têm escolhido não fechar negócio, esperando que os preços melhores. 

Para Eduardo Carvalhaes, as estimativas de safra, chuvas dos últimos dias e a apreensão do setor financeiro mundial envolvendo o Coronavírus, que faz com que os preços fiquem em queda na Bolsa de Nova York. "Na nossa opinião é um conjunto de fatores, o Coronavírus entre eles, que faz com que a gente esteja vendo esse começo de ano tão ruim para os preços de café", afirma. 

Destaca ainda que por se tratar do maior produtor e exportador de café, o mercado estar "travado" não significa que não negócios não são fechados, mas sim que ficam abaixo do que era esperado pelo setor. Os produtores, segundo o analista, seguem vendendo o café apenas quando tem algum compromisso que precisa ser mantido. 

O analista afirma que apesar das últimas estimativas de safras e as chuvas dos últimos dias nas regiões produtoras, o cenário ainda não indica que haverá um excesso de café do mercado. "O que pode se falar é do equílibrio bastante precário entre a produção brasileira e mundial, e o consumo mundial. O pessoal em NY olha sempre a curto prazo, enquanto o cafeicultor precisa se programar e olhar dois, três anos pra frente", afirma. 

Veja a entrevista completa no vídeo acima

 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Após suporte no robusta, arábica tem mais um dia de forte correção e volta a ser negociado abaixo de 200 cents/lbp
Colômbia: Lavouras de café têm alta incidência de broca
Colheita de café: entenda regras para contratação de safristas
Café: Arábica começa semana com baixas e mercado monitora clima nas origens
#RotadoCafé: Conheça a história do Alado Coffee; sucessão, sustentabilidade e qualidade na xícara