Mercado do café conta com fatores fundamentais e técnicos para subir nos próximos dias

Publicado em 13/02/2020 16:11
Brasil não tem mais café para vender e volume de café certificado em NY é muito menor que as quase 20 milhões de sacas dos contratos vendidos
Lúcio Dias - Superintendente Comercial Cooxupé

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Entrevista com Lúcio Dias - Superintendente Comercial Cooxupé sobre o Mercado de café

 

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Após várias sessões com movimentações técnicas ou de baixas, o mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta quinta-feira (13) com altas de mais de 300 pontos nos principais contratos. 

Março/20 teve valorização de 380 pontos, valendo 104,45 cents/lbp, maio/20 subiu 395 pontos, cotado a 106,70 cents/lbp, julho/20 teve alta de 390 pontos, por 108,75 cents/lbp e setembro/20 registrou alta de 385 pontos, sendo negociado por 110,75 cents/lbp. 

Segundo Lucio Dias, Superintendente Comercial Cooxupé, na próxima semana o mercado tende a continuar com movimentações de recuperação e alta. "Na minha opinião, nós estamos com uma posição muito vendida dos fundos de mercado para março e logo na semana que vem já começa a entrega dos cafés para março", afirma. 

De acordo com o especialista, atualmente o café mais barato, mundialmente falando, é o café certificado de Nova York. "Se as indústrias falarem que querem o café certificado na Bolsa, que hoje somam 2 milhões de 100 mil sacas, isso vai dar uma recompra mais forte ainda e vai fazer com que o mercado continue melhorando", afirma. 

Destaca ainda que é importante que os produtores fiquem atentos ao mercado na semana que vem, porque é quando começa o último período de fixação, começando também a fase de entrega. "A gente tem a possibilidade de ter um mercado mais forte", comenta. 

Lúcio explica ainda que já não tem mais café brasileiro para embarque. "Todo mundo fala que o café não acaba, dessa vez está quase acabando porque a demanda foi boa e forte", analisa. Explicou ainda porque hoje o café na Bolsa de Nova York é o mais barato no mercado e como os fundamentos técnicos e uma série de fatores podem influenciar nos preços durante os próximos dias. 

Veja a entrevista completa no vídeo acima

Por: Aleksander Horta e Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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