Café abre semana com baixas de 500 pontos em NY: Clima estável e safra brasileira pressionam os preços

Publicado em 06/07/2020 15:31 e atualizado em 06/07/2020 16:28
Preços voltam a ficar abaixo de um dólar e apenas condições climáticas que assustem o mercado podem mudar o cenário
Gil Carlos Barabach - Analista da Safras e Mercado

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Entrevista com Gil Carlos Barabach - Analista da Safras e Mercado sobre o Mercado do Café

 

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Após registrar altas na última semana, o mercado futuro do café arábica passou a operar com baixas na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As previões meteorológicas de tempo estável e com temperaturas mais altas no sul de Minas Gerais fizeram os preços despencarem nesta segunda-feira (6). 

O analista de mercado Gil Barabach, da Safras e Mercado, reforça que a partir de agora as questões climáticas devem comandar o ritmo dos preços na Bolsa de Nova York. "A alta da semana passada foi em cima de uma proteção com o clima, a baixa dessa semana é o "desmonte" dessa proteção. É isso que está trazendo essa volatilidade e explica esse movimento que a gente viu agora", afirma. 

Julho/20 teve baixa de 505 pontos, valendo 97,20 cents/lbp, setembro/20 registrou baixa de 505 pontos, valendo 98,15 cents/lbp, dezembro/20 teve baixa de 500 pontos, valendo 100,90 cents/lbp e março/21 encerrou com baixa de 485 pontos, negociado por 103,10 cents/lbp. 

Para essa semana, as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta segunda-feira (6), indicavam tempo estável e temperaturas mais elevadas para Minas Gerais, o que favorece os trabalhos de colheita e pode pressionar os preços no exterior. 

O mercado voltou a operar com preços abaixo de um dólar e que segundo o analista, permanece assim  como consequência da pressão que a safra brasileira acaba fazendo em Nova York. "O que pode acontecer é algum susto climático quebrar essa lógica negativa, como aconteceu nessa semana. A gente está em fundo que para sair desse fundo precisa ter uma mudança no quadro fundamental e quando a gente olha, é oferta e produção e quando a gente olha a safra brasileira, isso explica o preço", destaca. 

Veja análise completa no vídeo acima

 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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