Café: "Nunca enfrentamos uma situação como essa no mercado", afirma Carvalhaes

Publicado em 30/08/2022 17:01 e atualizado em 30/08/2022 17:36
Produtor segue participando pouco do mercado e o setor exportador driblando oferta mais restrita do produto
Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes

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 Café: "Nunca enfrentamos uma situação como essa no mercado", afirma Carvalhaes

 

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (30) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Dezembro/22 teve queda de 140 pontos, negociado por 235,20 cents/lbp, março/23 teve baixa de 165 pontos, valendo 228,80 cents/lbp, maio/23 tinha baixa de 185 pontos, cotado por 225,25 cents/lbp e julho/23 teve queda de 180 pontos, valendo 222,25 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve um dia de desvalorização. Novembro/22 teve queda de US$ 18 por tonelada, negociado por US$ 2261, janeiro/23 tinha baixa de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 2245, março/23 teve queda de US$ 11 por tonelada, negociado por US$ 2220 e maio/23 teve queda de US$ 9 por tonelada, cotado por US$ 2214. 

Segundo análise de Eduardo Carvalhaes, o cenário continua sendo de muita nebolusidade para o mercado de café, com a preocupação com a oferta do grão, problemas na safra brasileira, colombiana e expectativa para o retorno das chuvas na safra 23.

O especialista, que há mais de 30 anos opera no mercado de café, afirma que o melhor cenário para o produtor brasileiro é continuar fechando negócio a medida que precisa de caixa e que nunca se viu um momento de tanta incerteza no mercado de café. 

Confira a entrevista completa no vídeo acima
 

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