Recorde de exportação de café do Brasil em 2024 movimenta os preços nas bolsas internacionais no fechamento da sessão desta 5ª feira (16)
Recorde de exportação de café no Brasil em 2024 movimenta os preços nas bolsas internacionais no fechamento da sessão desta 5ª feira (16)
Após um dia de volatilidade, os preços do café encerram a sessão desta quinta-feira (16) em queda nas bolsas internacionais, impulsionados pelo recorde das exportações de café do Brasil.
Relatório divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Cecafé aponta que o Brasil bateu o recorde anual de exportação em 2024, com o embarque de 50,443 milhões de sacas a 116 países, aferindo incrementos de 28,5% na comparação com o ano anterior e de 12,8% frente ao maior montante antecedente, registrado em 2020.
O arábica teve um desempenho histórico nos embarques com um avanço de 20%, e o canéfora (conilon/robusta) registrou um aumento de 98% em comparação com 2023.
Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Cecafé, Márcio Cândido, apesar das dificuldades de logísticas e de um mercado invertido nas bolsas de NY e Londres, este recorde é resultado do incremento de qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade do café brasileiro. Além disso, fatores como o clima adverso em alguns países produtores, os preços ofertados e a movimentação cambial, também contribuíram para trazer mais destaque para a produção de café do Brasil.
Em NY, o arábica encerra o dia registrando queda de 330 pontos no valor de 327,15 cents/lbp no vencimento de março/25, uma baixa de 290 pontos no valor de 323,15 cents/lbp no de maio/25, um recuo de 285 pontos negociado por 316,55 cents/lbp no de julho/25, e uma queda de 310 pontos no valor de 307,95 cents/lbp no de setembro/25.
Já o robusta registra a desvalorização de US$ 23 no valor de US$ 4.924/tonelada no contrato de janeiro/25, um recuo de US$ 23 no valor de US$ 4.889/tonelada no de março/25, uma queda de US$ 10 negociado por US$ 4.846/tonelada no de maio/25, e uma baixa de US$ 5 no valor de US$ 4.771/tonelada no de julho/25.
De acordo com relatório da Pine Agronegócios, as condições das lavouras (que eram as piores desde 2001) melhoraram muito e estão acima da média, contudo, isso ajuda no enchimento e qualidade, mas não aumenta a produção da safra 25/26.
E é exatamente essa baixa produtividade da safra 25/26 que impedirá o Brasil de atingir novos recordes de exportação este ano. Mas, segundo Márcio, a participação brasileira no mercado global continuará bastante expressiva, ofertando bons preços aos produtores e o país vai continuar atendendo a demanda dos mais de 100 parceiros comerciais dos cafés brasileiros.
Mercado Interno
O mercado físico brasileiro encerra o dia também em queda e com poucas variações nas áreas acompanhadas pelo NA.
O Café Arábica Tipo 6 registra baixa de 0,87% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.270,00/saca, uma queda de 0,45% no valor de R$ 2.225,00/saca em Campos Gerais/MG, e um recuo de 0,44% em Guaxupé/MG negociado por R$ 2.213,00/saca.
O Cereja Descascado encerra com queda de 0,83% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.400,00/saca, uma baixa de 0,43% no valor de R$ 2.299,00/saca em Guaxupé/MG, e uma queda de 0,44% em Campos Gerais/MG negociado por R$ 2.285,00/saca.
0 comentário

Média de faturamento com exportação de café não torrado tem aumento de mais de 70% nos 5 primeiros dias úteis de fevereiro

Alta do café deve continuar diante de posições especulativas, demanda e exportações resilientes, destaca especialista

CNA discute acesso de produtores aos recursos do Funcafé e fortalecimento da marca Cafés do Brasil

Café renova recordes: março/25 do arábica atinge a faixa dos US$ 4,24/lp na tarde desta 2ª feira (10)

Safra de café 25/26 no Brasil: impactos do clima na produção do arábica e boas perspectivas para o conilon

A forte alta do café coloca em risco a demanda do consumidor em todos os destinos