Recorde de exportação de café do Brasil em 2024 movimenta os preços nas bolsas internacionais no fechamento da sessão desta 5ª feira (16)

Publicado em 16/01/2025 16:36 e atualizado em 16/01/2025 17:45
Márcio Cândido - Presidente do Conselho Deliberativo do Cecafé
Novos recordes de exportações de café no país dependem do volume da safra 2025/26
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Recorde de exportação de café no Brasil em 2024 movimenta os preços nas bolsas internacionais no fechamento da sessão desta 5ª feira (16)

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Após um dia de volatilidade, os preços do café encerram a sessão desta quinta-feira (16) em queda nas bolsas internacionais, impulsionados pelo recorde das exportações de café do Brasil. 

Relatório divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Cecafé aponta que o Brasil bateu o recorde anual de exportação em 2024, com o embarque de 50,443 milhões de sacas a 116 países, aferindo incrementos de 28,5% na comparação com o ano anterior e de 12,8% frente ao maior montante antecedente, registrado em 2020.

O arábica teve um desempenho histórico nos embarques com um avanço de 20%, e o canéfora (conilon/robusta) registrou um aumento de 98% em comparação com 2023. 

Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Cecafé, Márcio Cândido, apesar das dificuldades de logísticas e de um mercado invertido nas bolsas de NY e Londres, este recorde é resultado do incremento de qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade do café brasileiro. Além disso, fatores como o clima adverso em alguns países produtores, os preços ofertados e a movimentação cambial, também contribuíram para trazer mais destaque para a produção de café do Brasil. 

Em NY, o arábica encerra o dia registrando queda de 330 pontos no valor de 327,15 cents/lbp no vencimento de março/25, uma baixa de 290 pontos no valor de 323,15 cents/lbp no de maio/25, um recuo de 285 pontos negociado por 316,55 cents/lbp no de julho/25, e uma queda de 310 pontos no valor de 307,95 cents/lbp no de setembro/25.

Já o robusta registra a desvalorização de US$ 23 no valor de US$ 4.924/tonelada no contrato de janeiro/25, um recuo de US$ 23 no valor de US$ 4.889/tonelada no de março/25, uma queda de US$ 10 negociado por US$ 4.846/tonelada no de maio/25, e uma baixa de US$ 5 no valor de US$ 4.771/tonelada no de julho/25.

De acordo com relatório da Pine Agronegócios, as condições das lavouras (que eram as piores desde 2001) melhoraram muito e estão acima da média, contudo, isso ajuda no enchimento e qualidade, mas não aumenta a produção da safra 25/26.

E é exatamente essa baixa produtividade da safra 25/26 que impedirá o Brasil de atingir novos recordes de exportação este ano. Mas, segundo Márcio, a participação brasileira no mercado global continuará bastante expressiva, ofertando bons preços aos produtores e o país vai continuar atendendo a demanda dos mais de 100 parceiros comerciais dos cafés brasileiros. 

Mercado Interno

O mercado físico brasileiro encerra o dia também em queda e com poucas variações nas áreas acompanhadas pelo NA.

O Café Arábica Tipo 6 registra baixa de 0,87% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.270,00/saca, uma queda de 0,45% no valor de R$ 2.225,00/saca em Campos Gerais/MG, e um recuo de 0,44% em Guaxupé/MG negociado por R$ 2.213,00/saca.

O Cereja Descascado encerra com queda de 0,83% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.400,00/saca, uma baixa de 0,43% no valor de R$ 2.299,00/saca em Guaxupé/MG, e uma queda de 0,44% em Campos Gerais/MG negociado por R$ 2.285,00/saca. 

 

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Por:
Raphaela Ribeiro
Fonte:
Notícias Agrícolas

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