Chuvas voltam ao centro-norte do país nos próximos 15 dias com volumes de até 150 mm no Tocantins, Pará, Bahia e parte de Goiás

Publicado em 05/02/2016 11:23
Volumes de chuvas reduzem no sul do Brasil e no Mato Grosso não deverão afetar os trabalhos de colheita por longos períodos

No mês de janeiro as chuvas retornaram com força ao Brasil Central onde algumas regiões chegaram a registrar até 500 mm no período. Essa mudança no padrão climático beneficiou as lavouras de verão que vinham sofrendo com a estiagem e altas temperaturas.

Além disso, neste período, as precipitações cessaram na região sul dando uma trégua a áreas que estavam recebendo água em excesso. As atenções se voltam agora para o clima durante a colheita que já começou em boa parte do país. De acordo com o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, nos próximos quinze dias os estados do Tocantins, Pará, Bahia, Mato Grosso e parte do Goiás podem receber volumes de até 150 mm.

Já no sul o volume de chuvas reduz - sem parar completamente - não devendo afetar os trabalhos de campo ao longo do período. "Para as duas próximas semanas volumes devem ficar entre 30 a 70 mm dependendo da região", explica Nascimento.

O meteorologista alerta que nos estados que compreendem toda a faixa central do Brasil, desde Rondônia até o São Paulo e Espírito Santo, os volumes maiores devem ocorrer na última semana do mês, por isso, os produtores devem aproveitar os dias mais secos para realizar os tratos necessários.

Para a safrinha, diferente do que ocorreu nas duas últimas temporadas, a chuva não deve se estender até maio e junho. Com isso, os produtores que pretendem arriscar o plantio fora da janela ideal, devem ter cautela.

La Niña

Os efeitos do El Niño vêm perdendo força conforme o ano avança, e junto com a perda de força é observado o resfriamento das águas do pacifico. De acordo com Nascimento até o final do outono devemos perder totalmente as influencias do fenômeno.

Com isso, o inverno poderá ter temperaturas mais baixas neste ano, com possibilidade de geadas em algumas localidades. "E ao longo desse segundo semestre vai se formando a La Niña, que deve provavelmente ganhar corpo no mês de dezembro", explica Nascimento.

Para o sul, a influencia do La Niña traz chuvas bastante irregulares, e na próxima safra a perspectiva é que ocorram volumes menores do que ocorreu neste verão, ao mesmo tempo, não há expectativa de tempo completamente seco.

Durante os meses de maio a outubro o clima não irá sofrer interferência de nenhum fenômeno, comportando-se assim dentro dos padrões normal para cada período e região.

O La Niña só seria um influenciador significativo do clima apenas em 2017. "Na próxima safra não devemos ter seca no norte e nordeste e no restante do Brasil ficará bem próximo da normalidade. O que acontece em ano de La Niña são as temperaturas ficarem abaixo do normal, então pelo menos em principio o fenômeno beneficia muito mais a produção do Brasil do que o El Niño", destaca o meteorologista.

 

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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