DA REDAÇÃO: Safra 2013/14 – Paraná deve colher uma safra recorde de soja de 16,13 milhões de toneladas
Os produtores rurais do Paraná já adquiriram os pacotes para a próxima safra de verão, que começa a ser cultivada na segunda quinzena do mês de setembro. Este ano, os custos estão mais altos, especialmente os insumos. E os agricultores que deixaram para comprar algum produto agora, paga mais caro em função da valorização da taxa de câmbio.
Entretanto, o economista do Deral, Marcelo Garrido, destaca que grande parte dos produtores antecipou as compras e não sofreu com os impactos do aumento cambial. Por outro lado, o primeiro levantamento realizado órgão aponta para aumento de 3,6% na área cultivada com soja no estado. Do mesmo modo, a área cultivada com feijão deve crescer 8%.
A previsão é que na safra de verão 2013/14 sejam plantados 4,85 milhões de hectares de oleaginosa. A produção desta safra deve ultrapassar 16,13 milhões de toneladas, e pode superar em 2% a safra recorde de 2012/13, que chegou a 15,82 milhões de toneladas colhidas.
Na contramão deste cenário, a área semeada com milho deve apresentar uma redução de 19%, passando de 875 mil hectares para 710 mil hectares. O recuo é decorrente da grande safrinha brasileira, associada a projeção de safra recorde nos EUA, fatores que pressionaram negativamente as cotações do cereal.
“Grande parte desses produtores estão migrando para o plantio da soja. E cerca 20 mil hectares serão de áreas novas, como pastagem, cana-de-açúcar e frutas, que o pessoal deve preferir semear a oleaginosa”, explica o economista.
O incremento na área de soja é decorrente dos bons preços do grão no mercado internacional e interno, conforme sinaliza Garrido. “Com as cotações valorizadas, a soja vem tomando área de milho, especialmente na primeira safra no PR. No caso do feijão, temos um problema de abastecimento no Brasil, o que fez com que a cultura registrasse ótimos para o produtor durante este ano e, consequentemente fez com que os produtores optassem por plantar o grão”, relata.
Os produtores estão capitalizados e investem em pacotes tecnológicos. Além disso, o agricultor ainda acredita em bons preços para a soja, caso o clima contribua para o bom desenvolvimento das lavouras paranaenses, segundo diz o economista.