DA REDAÇÃO: Soja – Chuvas no Meio-Oeste dos EUA pesa sobre o mercado e preços recuam

Publicado em 16/09/2013 13:31 e atualizado em 16/09/2013 14:45
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Nesta segunda-feira (16), os futuros da soja e do milho operam em queda na Bolsa de Chicago. Por volta das 14h11 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam perdas de mais de 30 pontos. As cotações futuras do cereal registravam recuos menos expressivos de pouco mais de 3 pontos nos principais vencimentos. Já os futuros do trigo trabalhavam com ligeiros ganhos, próximos da estabilidade.

As chuvas que caíram no Meio-Oeste norte-americano durante o final de semana pesam sobre as cotações da soja. As precipitações com maior intensidade foram registradas nos estados de Minnesota e Wisconsin. E as novas previsões climáticas indicam mais chuvas para o cinturão produtor nesta semana.

De acordo com o analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia, a expectativa dos investidores é que com as precipitações haja certa recuperação nas estimativas de produtividade das lavouras de soja dos EUA. “A seca foi localizada e choveu nesta área que estava mais seca, mas temos que lembrar que muitas áreas estão com produtividade acima da média, pois o clima foi favorável”, afirma.

Outro fator que também exerce influência negativa nos preços em Chicago é a proximidade da colheita da safra norte-americana. “A entrada do produto dos EUA no mercado tende a pressionar, sazonalmente, as cotações futuras”, destaca Cachia.

Paralelo a esse cenário, nesta terça-feira (17), o departamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) deverá divulgar novo relatório de estimativas de área cultivada no país.  No início do plantio, devido ao excesso de chuvas, muitos produtores decidiram acionar o seguro agrícola e não semear. 

“Esse número pode ser uma luz para o mercado. A perspectiva do mercado é que a área seja menor do que o anunciado pelo departamento no relatório de setembro. Entretanto, não é de imediato que o USDA aceita os números, o que continua deixando o mercado incerto e especulado”, explica o analista. 

Diante desse cenário, Cachia ainda orienta que com os preços futuros recuando, assim como, o dólar não é o momento de o produtor vender a safra. No curto prazo, a expectativa é que as cotações continuem registrando oscilações, mas não são esperadas grandes mudanças, já que existe a colheita nos EUA e o início do plantio no Brasil.

“O cenário de médio prazo, no caso da soja, será um ano mais apertado nos EUA, uma vez que não irá sobrar soja. E o país não terá aquela condição de oferta estimada há 1 mês”, finaliza Cachia.

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Por:
Kellen Severo// Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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