DA REDAÇÃO: Soja – Com previsão de chuvas nos EUA, mercado recua em Chicago

Publicado em 20/09/2013 13:29 e atualizado em 20/09/2013 17:29
Chicago: Chuvas no Meio-Oeste americano criam expectativas de uma possibilidade de recuperação das lavouras americanas e pressiona mercado de grãos, assim como proximidade da colheita da soja e evolução dos trabalhos com o milho. No entanto, demanda asiática avançando deve limitar as perdas.

O mercado internacional de grãos terminou o pregão regular desta sexta-feira (20) do lado negativo da tabela. As principais posições da soja exibiram perdas de mais de 20 pontos e contrato novembro/13 fechou o dia cotado a US$ 13,15/bushel, com queda de 24,25 pontos. No milho, as baixas foram menores em torno de 8 pontos nos principais vencimentos. Já no trigo, as perdas foram de mais de 10 pontos nos contratos mais negociados.

As previsões climáticas indicando novas chuvas para o Meio-Oeste norte-americano nos próximos dias pesa sobre o mercado. E diante desse cenário, a expectativa de parte dos analistas é que haja uma recuperação das lavouras no cinturão produtor dos EUA.

Entretanto, o analista de mercado de Jefferies, Stefan Tomkiw, destaca que essa é uma incógnita para o mercado, já que alguns analistas acreditam que o potencial para recuperação é limitado. Além disso, com o avanço na colheita da safra norte-americana também pressiona negativamente os preços futuros em Chicago.

“Estamos entrando em um período baixista para o mercado, a colheita começa a se estender na parte Sul do Meio-Oeste. Até o momento, as lavouras de milho que foram colhidas apresentam uma produtividade melhor do que se imagina, já no caso da soja, as informações são contrárias, há relatos de produtividades boas ou ruins, dependendo do local”, explica Tomkiw.

Porém, o mercado internacional de grãos ainda espera o avanço nos trabalhos no campo, especialmente no cinturão produtor, para precificar uma eventual melhora ou não dos rendimentos das plantações, conforme destaca o analista.

Paralelo a esse quadro, a demanda, principalmente, a chinesa segue em ritmo aquecido, fator que também dá sustentação aos preços futuros. A nação asiática formou um contrato de compra de soja com os EUA de 4,8 milhões de toneladas, mas metade desse número já foi adquirida nesta semana. Na última quarta-feira (18), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 1,93 milhão de toneladas para a China, que deverá ser entregue na da safra 2013/14.

“Com a entrada da safra no mercado físico tem a perspectiva de preços mais baixos, o mercado asiático não vai esperar uma entrada tão forte do físico para recompor os estoques que colocaram no mercado recentemente”, afirma Tomkiw. 

Já, os fundos de investimentos seguem cautelosos em carregar posições compradas no curto prazo, uma vez que a entrada da safra norte-americana no mercado traz uma pressão baixista. Por outro lado, o potencial de baixa deve ser limitado devido à pressão dos estoques limitados nos EUA no próximo ano. 

“A expectativa é que pudesse ocorrer uma recomposição nos estoques com a safra regular nos EUA, mas com o período de quebra por conta do clima, essa possibilidade de recomposição é para uma safra na América do Sul e o mercado tem essa expectativa”, finaliza o analista.

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Por:
Kellen Severo// Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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