DA REDAÇÃO: Preço do farelo de soja brasileiro atinge recorde mundial

Publicado em 08/10/2013 13:30 e atualizado em 08/10/2013 15:03
Soja: Sem referência do USDA, mercado opera de lado. Porém, investidores encontram estímulo nos prêmios, que estão em bons patamares tanto nos EUA quanto no Brasil. No Brasil, preços perdem referência de Chicago e se mantêm em alta, com quase US$ 3 por bushel acima da cotação internacional. Produtores brasileiros ainda seguram o que resta da safra velha à espera de preços melhores.

Nesta terça-feira (8), os preços da soja operam em baixa na Bolsa de Chicago, mas no Brasil as cotações não caem. Sem as informações oficiais do USDA, a referência da CBOT se perde, o que é ruim porque os mercados tentam compensar isso por meio do prêmio, que normalmente já era embutido na cotação de Chicago, porém, nesse momento, a situação é diferente.

De acordo com o consultor de mercado do SIMConsult, Liones Severo, ontem (7) o farelo de soja brasileiro atingiu um recorde de preço mundial, negociado com prêmio acima de 100 dólares por tonelada curta e a soja brasileira está negociada a quase 3 dólares por bushel acima do preço de Chicago: “Quando houve a crise norte-americana o prêmio nos EUA chegou a alcançar US$ 3,30, um valor recorde que poderá ser alcançado agora”.

Isso não ocorre apenas no Brasil, nos EUA os prêmios também estão altos e a soja está com um dólar acima dos futuros da CBOT. Na Argentina o farelo também está bastante caro. Liones afirma que, nesse momento, Chicago não representa o preço do mercado real que acontece ao redor do mundo, com isso os produtores brasileiros precisam ter a própria percepção porque há grandes oportunidades para se fazer bons preços este ano.

O consultor de mercado aconselha ao produtor que ainda possui soja da safra velha a fazer o preço, uma vez que não há produto disponível no mercado. Para a safra nova, os agricultores terão muitos eventos e preços elevados, já que os EUA está comprometido com as exportações e talvez enfrente a maior crise de todos os tempos durante a entressafra.

Por: Kellen Severo e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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