DA REDAÇÃO: Safra 2013/14 – Áreas com buva são atacadas pela Helicoverpa em Dourados (MS); custo de produção pode ficar maior

Publicado em 10/10/2013 10:18 e atualizado em 10/10/2013 12:53
Safra 2013/14: Em Dourados (MS), áreas com buva já foram atacadas pela lagarta helicoverpa. Nas áreas semeadas com soja, a praga não foi encontrada. Esse é o primeiro caso na região e deve encarecer os custos de produção. Problemas com buva, ferrugem asiática, lagarta da maçã e percevejos também preocupam os produtores rurais.

Na região de Dourados (MS), com as condições climáticas favoráveis, os produtores rurais têm conseguido avançar com o plantio da soja da safra 2013/14. Mas, apesar do cenário positivo, as áreas com buva já foram atacadas pela lagarta Helicoverpa. Esse é o primeiro registro na região e já preocupa os agricultores.

A propriedade do produtor do município, Renato Ferreira, também foi atacada pela lagarta. Por enquanto, a praga não atacou as lavouras de soja recém-germinadas, porém estão nas áreas com buva. Nas safras anteriores, os produtores enfrentaram problemas com a lagarta da maçã, que migrou da plantação do algodão para a soja e ocasionou prejuízos aos produtores. 

“Mas essa lagarta é diferente, pode gastar o dinheiro que for, mas não conseguimos matar a praga. Os produtos disponíveis no mercado deixam a desejar. Além disso, a lagarta fica entre as folhas e nas vagens, o que dificulta o controle”, diz o produtor.

Diante desse cenário, os produtores estão realizando o monitoramento nas áreas em que as lagartas foram encontradas. Paralelo a esse cenário, o aumento nos custos de produção também preocupam os agricultores.

O produtor rural ainda explica que, nos últimos três anos, os agricultores da região gastaram em torno 2,5 sacas para tentar controlar a buva. “Agora, esse número pode chegar de 3 a 5 sacas de custo, com buva, ferrugem asiática, a lagarta e o percevejo. Na contramão desse quadro, a produtividade das lavouras não tem aumentado, permaneceu em torno de 50 sacas de soja por hectare, o que significa 10% do custo bruto, o que é muito pesado na contabilidade”, afirma Ferreira.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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