DA REDAÇÃO: Soja - Estoques dos EUA não serão suficientes para atender demanda mundial

Publicado em 04/11/2013 12:40 e atualizado em 04/11/2013 15:46
Soja: Estoques dos EUA são insuficientes, segundo consultor, para atender a firme e aquecida demanda mundial. Números do USDA da próxima sexta-feira (08) precisariam ser altistas para o mercado, provocando um avanço dos preços na tentativa de frear a procura pelo produto norte-americano, que deverá ser bem escasso.

O estoque de soja dos EUA não será suficiente até o próximo ano mesmo que aumentem 3 milhões de toneladas na safra norte-americana, uma vez  1 milhão de toneladas serão destinadas para a industrialização interna e mais 1 milhão de toneladas para a exportação, o que não mudaria muito o cenário.

Na próxima sexta-feira (8), o USDA divulga um relatório de oferta e demanda que precisa ser altista para o país se proteger de alguma forma. Porém, o consultor de mercado do SIMConsult, Liones Severo, afirma que o mundo mudou, a dinâmica dos negócios e padrões comerciais tem se alterado profundamente e o mercado exagera na alta e na baixa: “De qualquer forma não existem estoques de soja e, de acordo com a lei da oferta e demanda, há a possibilidade do grão atingir preços maiores”.

Atualmente a escassez mundial se ampliou e, se não existe estoque e a oferta é curta, é preciso haver uma adequação que só vem por meio de preços, sendo assim um preço de racionamento será necessário para acomodar essa relação. Esse cenário é favorável para o produtor brasileiro, mas ruim para os consumidores. Segundo Liones, na soja quanto mais deprimido o preço, maior a chance de ocorrerem fortes escaladas de alta.

“A safra nova ainda tem muitas possibilidades de ganho, mas serão rápidos porque o mercado tem uma dinâmica de velocidade diferenciada do passado, com isso o produtor precisa estar atento para aproveitar as oportunidades e pegar os melhores preços nesse mercado de ocasião em que a movimentação dos preços é bastante rápida”, recomenda Liones.

Durante o desempenho da safra sul-americana, dificilmente haverá ganhos, uma vez que os investidores continuarão a dizer que será uma grande safra e que haverão estoques suficientes para o mundo. De acordo com Liones o que será observado é o desempenho das exportações norte-americanas, as quais já estão bastante comprometidas, e isso irá impactar na Bolsa de Chicago ou nos prêmios. O produtor brasileiro deve aproveitar esses momentos e não parar o fluxo de venda: “Não podemos deixar sobrar muita soja da safra nova sem comercializar porque irão ocorrer oportunidades de vender, pelo menos, 60% da safra dentro desses picos de mercado que devem acontecer em um futuro próximo”.

Por: João Batista Olivi e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado