DA REDAÇÃO: Persistência da seca deve causar quebras ainda maiores para a produção de café

Publicado em 11/06/2014 13:27 e atualizado em 11/06/2014 16:09
Café: Ministro Neri Geller esclareceu declaração sobre supersafra para o ano que vem. Caso o clima melhore é possível que haja uma recuperação da safra do ano que vem, mas é improvável visto que não é período comum para chuvas.

As perdas na safra de café 2013/14 estão cada vez mais evidentes e expostas nos relatos de cafeicultores de todo o país e em relatórios de traders e agências governamentais. Agora, pesquisadores e engenheiros agrônomos começam a analisar as perdas que o déficit hídrico deverá causar na produção da próxima safra (2014/15).  

De acordo com pesquisador do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), Sérgio Parreira Pereira, a seca que ocorreu no período que deveria ser chuvoso comprometeu o desenvolvimento dos grãos e das árvores de café, portanto, não há chances de recuperação do crescimento no inverno, que é uma estação de seca. “Junho, julho e agosto são períodos que a gente não tem a retomada das chuvas, tradicionalmente. Se for chover, só teremos chuvas a partir de setembro, e é aí que vamos poder como será a florada... Tudo vai depender da florada em agosto e setembro”. 

Diante da situação preocupante da cafeicultura nacional, o próprio ministro da Agricultura, Neri Geller, se pronunciou sobre a quebra na produção. “A cultura do café está nos preocupando porque pode ter um impacto inclusive inflacionário com tendência de alta, porque os estoques, tanto públicos quanto privados, estão bastante baixos e não tem uma previsão de recuperação este ano”, afirmou Neri Geller.

Pereira afirma que já existe um consenso no mercado sobre as perdas significativas para a safra atual. “Temos várias estimativas, como da Conab, IBGE, USDA, Volcafé, aquele trabalho grande do Procafé e do CNC, mostrando que essas perdas são consideráveis”.  

Safra 2015/16 prejudicada 
O pesquisador explica também que o déficit hídrico do solo prejudicou o crescimento vegetativo das plantas, que perdem sua capacidade de produzir em volume normal na próxima safra. “Nós tivemos um crescimento menor dos ramos, com um menor número de internódios, e isso vai refletir em um menor número de rosetas e menor produção para o ano que vem”. 

Este déficit hídrico ainda persiste no solo das áreas produtores, de acordo com informações divulgadas pela Fundação Procafé, em seu mais recente boletim de avisos fitossanitários. “Estamos com um déficit hídrico acima do normal para esta época... Varginha tem 76 mm de déficit, Carmos de Minas tem 102 mm e em Boa Esperança o déficit é de 114 mm”. 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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