DA REDAÇÃO: Café – Quebra pode ultrapassar 50% em Três Corações (MG); soja e milho também registram perdas

Publicado em 19/08/2014 10:25 e atualizado em 19/08/2014 16:09
Café: Em Três Corações (MG), lavouras novas de café apresentam quebra de 50% devido à estiagem registrada no início do ano. Preços da saca do grão reagiram para R$ 430,00, mas não cobrem os custos de produção. No caso da soja, perdas são de 60% na produção e no milho de 70%.

Na região de Três Corações (MG), a estiagem registrada no início do ano castigou as lavouras de café. Com a colheita na reta final, as lavouras mais antigas apresentam perdas de 40% a 50%, já as mais novas registram quebra de 50% até 70%. E, assim como em outras localidades, os cafeicultores utilizaram mais medidas para fazer uma saca de 60 kg.

Segundo o produtor rural do município, José Olavo Vasconcellos Filho, apesar da reação nos preços da saca, que subiram para R$ 430,00 a saca, não cobrem os custos de produção. “Não dá para fechar as contas, isso sem contar a perda para a próxima safra que nós já estamos esperando”, afirma. 

A seca também afetou a produção de grãos da cidade, no caso da soja, as perdas na safra de verão atingiram 60% e no milho, em torno de 70%. O trigo, que está sendo colhido agora, também registra quebra de 50%, assim como o feijão. Além das perdas, a comercialização das culturas também tem sido uma preocupação dos agricultores.

“No milho, os preços recuaram de R$ 28,00 para R$ 23,00, é difícil negociar, não conseguimos fazer grandes volumes de venda. Já o trigo, acho que nem conseguiremos negociar, os moinhos preferem o produto importado e relatam a falta de qualidade do cereal produzido na nossa região. Em contrapartida, no feijão temos uma boa qualidade, mas com a oferta maior, as cotações baixaram para R$ 40,00, valor que não paga bem a colheita”, explica Filho.

Safra 2014/15

Diante dessa situação, o produtor relata que as vendas de insumos permanecem mais lentas na localidade. A expectativa é que o maior investimento seja feito na cultura da soja devido ao menor custo em comparação com outras culturas e a facilidade de comercialização. 

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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