DA REDAÇÃO: Soja – Sem chuvas, produtores paralisam o plantio em Laguna Carapã (MS); lavouras são atacadas pela lagarta rosca
Há mais de 15 dias sem chuvas, os produtores rurais de Laguna Carapã (MS) interromperam o plantio da soja. Até o momento, cerca de 40% da área cultivada, mas os trabalhos estão paralisados. Além do atraso, as altas temperaturas, mais de 42º C na região, também preocupam e podem comprometer o desenvolvimento das plantas.
Segundo o técnico agrícola da Bio Rural, Antônio Rodrigues Neto, a situação, se continuar, deverá afetar o crescimento da soja. “E também temos o ataque da lagarta rosca que afeta as lavouras da localidade, ela fica alojada em baixo do solo. Estamos fazendo a aplicação de inseticidas para eliminar a praga. Porém, com o calor excessivo, o produto está meio lento”, explica.
Diante desse cenário, o técnico agrícola sinaliza que é possível que haja o replantio de algumas áreas na região. Enquanto isso, as previsões climáticas apontam para o retorno das chuvas, somente a partir do dia 21 de outubro. Ainda assim, os agricultores estão receosos em relação ao clima. “Podemos até mesmo ter uma quebra na produtividade, dependendo do clima”, diz Ribeiro.
Paralelo a esse cenário, a comercialização antecipada permanece lenta. Os primeiros contratos oferecidos aos produtores rurais giravam em torno de R$ 45,00 a R$ 46,00, valor baixo, se levado em consideração os custos de produção, que subiram em torno de 15% a 20 nesta safra.
Safrinha de milho
O atraso na semeadura da soja também pode comprometer o plantio da próxima safrinha de milho. E o produtor já está desanimado com o atual cenário para o mercado de milho, com custos mais altos e preços baixos, conforme destaca o técnico agrícola.
“Tivemos uma boa safrinha de milho, mas temos preços em torno de R$ 13,95 a saca e muitos produtores fizeram o EGF (Empréstimo do governo Federal) para estocar o produto. E como não tivemos uma melhora no cenário, boa parte dos agricultores esperam para ver se as condições podem melhorar”, ressalta Rodrigues. Com isso, a expectativa é que a próxima safrinha de milho registre uma redução na área.