Produtores de café do Oeste da Bahia comemoram bons resultados da última safra e já falam em expansão de área na região
A produção de café arábica não se restringe aos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. No Oeste da Bahia também há produção de café de qualidade em larga escala com irrigação devido à instabilidade da questão climática e do solo. A média de produção na região é em torno de 40 sacas por hectare — acima da média brasileira.
A safra deste ano na região representou pequena quebra com relação ao número estimado com uma colheita de 430 mil sacas. No entanto, de acordo com o diretor executivo da Abacafé, Cesar do Vale, a colheita teve pequena queda no que se previa devido a bianualidade e não tanto pela questão climática.
"Poderíamos ter colheita melhor com mais chuvas, mas não houve uma queda brusca devido à falta de precipitações por causa da irrigação que supri boa parte da falta de chuva", afirma.
Diferente de outras regiões produtoras importantes onde o produtor não está se beneficiando com as altas registradas no mercado externo, no Oeste da Bahia os cafeicultores têm garantido bom fluxo de caixa e vem realizando vendas futuras. "Os cafés foram vendidos com bons preços e há perspectiva de aumento de 8% na área plantada", diz.
Atualmente são cerca de 15 mil hectares de lavouras de café no Oeste baiano, mas esse número deve crescer devido a agricultura empresarial.
Vale acredita no empenho dos cafeicultores para o bom desempenho das lavouras. "Nós temos um trabalho intenso para lidar com as adversidades, só quem vem aqui e visita consegue ter noção do grau de tecnologia nos nossos cafezais", explica.
Para a safra 2015/16 a região deve elevar a produção mesmo com adversidades climáticas. "As floradas estão vindo com boa expectativa, as chuvas começam cair um pouco mais e a expectativa é muito boa. Devemos atingir produção de meio milhão de sacas", estima o executivo da Abacafé.