Com chuvas excessivas, perdas na qualidade do trigo podem ultrapassar 35% no RS

Publicado em 30/10/2014 10:59 e atualizado em 30/10/2014 15:40
Trigo: Chuvas ainda prejudicam a colheita e afetam a qualidade do cereal no RS. Perdas podem chegar a 35% e a expectativa é que sejam colhidos em torno de 2,4 milhões de toneladas do cereal, contra 3 milhões de toneladas estimadas inicialmente. Comercialização permanece lenta e preços estão abaixo do valor mínimo fixado pelo Governo.

As chuvas registradas no Rio Grande do Sul ainda preocupam os produtores rurais. Desta quarta-feira, até às 6 horas desta quinta-feira, algumas cidades como Bagé registraram um acumulado de precipitações de mais de 97 mm. Em Dom Pedrito, o volume ficou em 76 mm e em Alegrete o índice chegou a 62 mm.

O excesso de precipitações tem sido apreensão dos agricultores desde o início do plantio do cereal. Com isso, os produtores tiveram que cultivar o trigo fora da janela ideal, e agora a colheita também está atrasada. Apesar da situação, o mais grave, é que as chuvas afetaram a qualidade e produtividade da produção.

Conforme destaca o presidente da Comissão de Trigo da Farsul (Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul), Hamilton Jardim, a produção desta temporada deverá registrar uma quebra expressiva na produção. “Já adiantamos que cerca de 30% a 35% da safra terá uma qualidade inferior, especialmente no Norte e Nordeste do estado. Trabalhávamos com uma projeção de 3 milhões de toneladas do cereal para essa safra, mas o número deverá ficar próximo de 2,4 milhões de toneladas”, explica. 

No ciclo anterior, com as condições climáticas favoráveis, os produtores gaúchos colheram em média 3 mil quilos de trigo por hectare. E, em algumas propriedades o volume colhido chegou a 6 mil quilos, uma média alta, alcançada, principalmente nos países Europeus. “Mas precisamos frisar que o produtor fez tudo o que podia, a tecnologia empregada foi a mesma da safra anterior, mas com as chuvas tivemos o aparecimento da giberela, que os fungicidas não foram suficientes para controlar, o que afetou severamente a produtividade das plantações”, diz.

Comercialização

Para as negociações, não houve melhora nos preços praticados, inclusive, as cotações da saca do trigo estão abaixo do valor mínimo fixado para o estado. Com isso, a comercialização permanece lenta, já que os moinhos estão abastecidos. “A única solução nesse momento é o Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor)”, destaca Jardim.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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