Milho: Com custos de R$ 3.800 por alqueire, produtores de Assis Chateaubriand (PR) devem reduzir a área plantada na 2ª safra

Publicado em 14/11/2014 09:55 e atualizado em 08/03/2020 08:06
Milho: Com custos ao redor de R$ 3.800 por alqueire, produtores podem reduzir área plantada na próxima safrinha em Assis Chateaubriand (PR). Produtores precisarão de uma produtividade entre 160 a 170 sacas para cobrir os custos. Investimentos em tecnologia e adubos também poderão ser menores. No caso da soja, chuvas ainda estão irregulares e afetam o desenvolvimento das plantas na região.

Na região de Assis Chateaubriand (PR), as empresas já começam a oferecer os primeiros pacotes aos produtores rurais. Os custos de produção giram em torno de R$ 3.800 por alqueire, conforme destaca o produtor rural do município, Edson Martins Jorden. Já os contratos estão entre R$ 22,00 a R$ 23,00.

“Se dividirmos os custos, teremos de 160 a 170 sacas de milho para cobrir os custos de produção. E a nossa expectativa é de até 200 sacas, com isso, a nossa margem ficar muito resumida”, completa o agricultor.

Além disso, há preocupação, pois com o atraso na soja, a janela ideal de plantio do milho safrinha ficou mais estreita. Diante desse cenário, a perspectiva é que haja uma redução tanto na área destinada ao cereal na segunda safra, como uma diminuição dos investimentos em tecnologia e adubos.

“O produtor deverá investir o mínimo possível para tentar reduzir os custos. E, por outro lado, os preços ainda estão abaixo dos praticados na BM&F Bovespa. Na nossa região, o milho disponível é cotado a R$ 19,50, mas os produtores não estão negociando. O agricultor só deve voltar aos negócios quando tivermos preços ao redor de R$ 23,00 a R$ 25,00”, ressalta Jorden.

Soja

Na localidade, os produtores já conseguiram finalizar a semeadura da soja, mas a grande preocupação é o clima irregular. As lavouras, especialmente as cultivadas entre o período de 15 a 20 de setembro, deverão registrar uma redução no rendimento. “As chuvas registradas recentemente contribuíram para as plantações, mas já temos perdas, só que ainda não podemos quantificar. As plantas estão bem distantes do que estavam no ano passado”, afirma o produtor.

Por enquanto, as previsões indicam que as chuvas só deverão retornar à região ao final do mês de novembro. Em relação aos preços, a saca da oleaginosa é cotada a R$ 61,00 na região. 

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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