Em Itambé (PR), chuvas atrasam colheita da soja e perdas podem superar os 10%

Publicado em 20/02/2015 09:46
Safra 2014/15: Em Itambé (PR), chuvas atrasam colheita da soja e o plantio do milho safrinha. Soja já começa a brotar no campo e a expectativa é de perda ao redor de 10%. Custos são elevados e preços da saca da oleaginosa giram em torno de R$ 57,50. No caso do cereal, plantio deveria ser finalizado até o dia 10 de março, mas a perspectiva é que o cultivo termine após o período ideal. Saca do grão é negociada a R$ 21,00 na região.

As chuvas constantes na região de Itambé (PR) começam a preocupar os produtores rurais. Além de atrasar a evolução da colheita da soja, o grão, que ainda está no campo, está brotando e, com isso, já acumula perdas. Até o momento, a perspectiva é de uma quebra em torno de 10% na produção da oleaginosa.

Por enquanto, a colheita do grão chega a 8% na localidade, conforme destaca o produtor rural do município, Élio Ramos. “As precipitações deverão durar até o próximo domingo. Temos essa preocupação nesse momento e, durante o desenvolvimento da cultura da soja, o clima também foi irregular, com veranico e altas temperaturas durante o mês de janeiro”, destaca.

Diante desse cenário, a perspectiva é que a produtividade média das plantas fique abaixo de 50 sacas de soja por hectare nesta temporada. Por outro lado, os custos de produção permanecem elevados e a saca da oleaginosa é cotada ao redor de R$ 57,50 na região.

Milho safrinha

No caso da safrinha, as precipitações também são uma apreensão, já que atrasa o avanço no plantio. “Temos a preocupação com o plantio do milho safrinha, pois a cada dia que passa do mês de março temos uma redução de um ou dois sacos no rendimento das plantas. A semeadura deveria ser finalizada até o dia 10 de março, mas acreditamos que os trabalhos nos campos não sejam concluídos até no período ideal”, afirma Ramos.

Cerca de 5% da área com o milho foi cultivada até o momento na região de Itambé. Já o preço da saca está ao redor de R$ 21,00. “A margem será pequena esse ano, temos custos elevados nesta safra. Plantamos porque a palhada do milho irá nos salvar mais a frente, mas visando o lucro é muito pouco”, diz o produtor. 

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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