Com greve dos caminhoneiros, aves do Paraná podem começar a passar fome na madrugada desta terça (24)

Publicado em 23/02/2015 17:26
Greve dos Caminhoneiros: Com a paralisação do fluxo de produtos, aves do Paraná já devem começar a passar fome nesta madrugada de terça-feira (24). Cargas de rações ou insumo para a produção não estão sendo liberadas nos pontos de protesto. Exportações brasileiras também deverão ser afetadas.

Avicultores do Paraná estão preocupados com a falta de ração nas propriedades devido à greve dos caminhoneiros. O estado é referência na produção de aves - produto que é segundo item de exportação no Paraná, e o escoamento para o mercado internacional por meio dos caminhões refrigerados também não acontece, pois caminhoneiros são impedidos de chegar as granjas.

De acordo com o presidente da Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná), Domingos Martins, hoje o estado tem aproximadamente 300 milhões de cabeças para serem alimentadas, porém com a greve não se consegue levar o milho e o farelo de soja para as fábricas de ração e consequentemente encaminhar a ração para o campo, onde os produtores tem um armazenamento pequeno de alimento nas granjas.

Segundo Martins, os avicultores da região são a favor das reivindicações dos caminhoneiros, porém por se tratar de animais a falta de alimento pode matar a aves e provocar o canibalismo – quando um animal se alimenta do outro – e em questão de horas o ‘lote’ pode todo morrer. “Os caminhoneiros tem que avaliar que o nosso setor é diferente, existem granjas onde a ração já acabou e os animais já começarão a passar fome a partir desta madrugada”, explica Martins.

De acordo com Martins, ao contrário da nota que foi divulgada na manhã desta segunda-feira (23) pela Associação Brasileira de Proteína Animal, o Sindiavipar ainda prefere um acordo passivo com os caminhoneiros, sem entrar com medidas judiciais, pois concordam com as reivindicações dos caminhoneiros e esperam uma sensibilidade por parte dos grevistas.

Ainda não é possível quantificar prejuízos na comercialização das aves.

Por: Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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