Produção de leite do RS sente impacto da greve dos caminhoneiros e 4 milhões de litros são descartados diariamente

Publicado em 26/02/2015 13:29
Greve dos Caminhoneiros: Somente no RS são perdidos 4 milhões de litros de leite diariamente em função do fluxo paralisado de produtos em todo o país. Indústria também já sofre com a falta de alguns insumos, como embalagens, por exemplo.

O setor lácteo tem encontrado problemas para escoar a produção diária por conta da greve dos caminhoneiros. Em algumas regiões a maior dificuldade de chegar às propriedades, e o produtor começa a ter prejuízos. Somente no estado do Rio Grande do Sul, cerca de 4 milhões de litros de leite deixam de ser entregues a industria – principalmente no noroeste do estado -, prejudicando a cadeia produtiva.

“Nós temos caminhões tanques parados, que tem que chegar ao produtor, e como ele não consegue, então fatalmente esse produto vai estragar e será descartado. E o produtor não tem mais condições de armazenamento com sistema de resfriamento”, explica Alexandre Guerra, presidente do Sindilat (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul). Contudo, Guerra afirma que haverá problema de abastecimento e aumento de preço para população caso as paralisações continuem. 

A produção gaúcha de leite representa 60% de toda a produção nacional, ou seja, os problemas logísticos que acontecem desde o final da semana passada geram prejuízos para o produtor e para a indústria. Além do que, o estado tem um dos maiores custos de logística – para o escoamento desse produto – pois fica distante dos maiores centros comerciais, como São Paulo.

“A indústria gaúcha já vinha trabalhando com preços muito baixos, e até negativos, mas nós estávamos entrando na fase de melhora de preços, por conta do termino das férias onde o consumo se normaliza. Os preços do leite em pó também começaram a reagir, a desvalorização acaba proporcionando condições para exportação. Dessa forma, estava tudo se encaminhando para recuperação do mercado”, comentou Guerra.

Por: Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado