EXCLUSIVO: Blairo Maggi, governador do MT, defende decisão do Marfrig de não comprar carne de áreas desmatadas a partir de ontem

Publicado em 23/06/2009 11:56 e atualizado em 23/06/2009 13:48
Governador Blairo Maggi comenta decisão do Frigorífico Marfrig de não comprar gado de áreas desmatadas, em entrevista ao jornalista Heródoto Barbeiro da rádio CBN.


O governador do estado de Mato Grosso, Blairo Maggi, que também é um dos maiores produtores de soja do mundo, afirma que a decisão de frigoríficos, como o Marfrig, de não comprar mais carne certificada não irá prejudicar a economia do estado. A afirmação de Maggi foi feita em uma entrevista ao jornalista Heródoto Barbeiro, da rádio CBN, na manhã desta terça-feira, dia 23.

Ele afirma que o estado também está “lutando” contra o desmatamento. “Nesse momento, o que foi anunciado ontem pelo grupo Marfrig é uma moratória no sentido de que a carne produzida no estado do Mato Grosso que tem a ocupação de novas áreas a partir de ontem não será mais comercializada por esse grupo de frigoríficos, e portanto essa medida tem o apoio do estado do mato Grosso, porque já estamos há um bom tempo lutando contra o desmatamento ilegal na área da floresta e queremos que as coisas corram dentro da legalidade”. O governador afirma, porém, que a compra do Marfrig de carne produzida em áreas já desmatadas irá continuar.

Maggi diz que o Mato Grosso tem uma política de combate ao desmatamento ilegal na região do bioma amazônico, área que representa 30% do estado. Ele afirma que nos últimos anos a “MP legal”, que visa levar os produtores do estado para a legalidade, fez o desmatamento ilegal diminuir em 90%.

“Nós não podemos simplesmente chegar e parar um estado e suas atividades econômicas se grande parte delas está na legalidade... O que nós precisamos é ordenar o crescimento econômico”, diz Maggi.

O governador informa ainda que o desmatamento no Mato Grosso, este ano, será de 2 mil Km² e que ele está ocorrendo devido aos assentamentos que o Incra promoveu na região norte do estado, onde está o bioma Amazônico. Maggi diz também que apóia a MP 458, que está sendo chamada de “MP da grilagem”. “Eu defendo que o governo não faça nenhum veto a essa medida, pois ela dará nome e endereço às pessoas que estão na terra”.     

Fonte: Redação

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