EXCLUSIVO: Retaliação contra trigo americano cria debate sobre o futuro do preço do pãozinho
A retaliação contra o trigo dos EUA já traz maus rumores internos no Brasil. Enquanto a indústria panificadora diz que o pãozinho vai encarecer, produtores rebatem dizendo que sobra trigo no Brasil. A verdade é que nada parece ser como é.
O presidente da comissão do trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim, afirma que o preço pago pelo trigo não representa nem 10% do custo que o produtor final tem quando compra o pão na padaria. Uma vez que os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, maiores produtores de trigo do país, recebem ao menos o preço mínimo pelo produto que produzem.
Hoje, são cerca de 800 mil toneladas de trigo parados nos estoques dos produtores do Sul do país e mais de 180 mil trabalhadores. Sem o valor do preço mínimo, o pãozinho deveria custar menos e não mais na prateleira. Jardim rebate as indústrias panificadoras: “Nós temos que abrir essa caixa preta, até para que o produtor fique sabendo como ele realmente se comporta no preço final do produto quando chega na padaria”.