EXCLUSIVO: Situação para o milho se reverte e Brasil pode exportar sem a ajuda do Governo
As cotações do milho no mercado internacional vêm atingindo constantes altas, surpreendendo os produtores. Os fatores fundamentais para tal elevação está diretamente associada ao clima que quebrou as safras na Rússia e em outras regiões européias, a safra dos Estados Unidos aponta queda na produtividade, mesmo com registro recorde e a influência do fenômeno climático La Niña que já atrasa o plantio dos grãos na América do Sul.
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Estes são fatores suficientes para apontar que a demanda mundial tenderá a crescer. Com isso, o mercado brasileiro pode ver os números em exportação superar 12 milhões de toneladas. No entanto, a produção brasileira foi escoada pelo Governo atrás dos leilões de PEP (Prêmio para Escoamento do Produto) e destinará até 10 milhões de toneladas em exportações para embarque até janeiro de 2011.
O analista de mercado da Safras e Mercado, Paulo Molinari explica que atualmente existe cerca de 5,5 milhões de toneladas em posse do Governo, milho destinado ao consumo interno, suficientes para até o final do ano. Por outro lado, é preciso ficar alerta para o La Niña que já atrasa o plantio das safras de verão, ou seja, a entressafra de milho 2011/11 será mais longa, até aproximadamente fevereiro.
Garantir que até 10 milhões de toneladas de milho brasileiro sejam exportados é suficientemente bom para o país, porém, os preços não param de subir e a demanda se mantém muito aquecida. Molinari afirma que é possível exportar mais milho sem a ajuda do Governo, sendo então necessário mais produção de grãos.
A La Niña impede o aumento das áreas de milho no Sul do Brasil já que a região tende a ser mais atingida, assim como no Sudeste o plantio também será tardio. O centro-oeste deverá mantém sua atividade de plantar mais soja na cultura de verão e depois a safrinha.