EXCLUSIVO: USDA reduz estoques finais do mundo e dos norte-americanos

Publicado em 08/10/2010 13:35 e atualizado em 08/10/2010 16:49
Explosão de preços em Chicago depois do relatório do USDA mostrando redução na safra de grãos dos Estados Unidos. Negócios param no limite de alta na Bolsa. Negociações paralelas (que incluem hedge nas opções) mostram preços ainda mais altos.

As cotações explodem na Bolsa de Chicago depois do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgar seu relatório de estoques. Muito altista, ele reduz a safra de grãos dos norte-americanos e para as negociações no limite de alta na Bolsa, enquanto negócios em paralelo, que incluem hedge nas opções mostram preços ainda mais altos.

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Sobre as projeções nas produções mundiais da safra 2010/11, segue que:

- A produção mundial total da soja reduz de 259,92 milhões/t para 255,26 milhões/t, enquanto para o milho aumenta de 810,97 para 819,65 milhões/t;

- Nos Estados Unidos, a soja reduz de 95,011 mi/t para 94,793 mi/t. Para o milho, redução de 334,277 mi/t para 321,678 mi/t;

- No Brasil, a safra de soja projeta redução de 69 mi/t para 67 mi/t. A de milho deverá reduzir de 56,10 mi/t para 51 mi/t;

- Para a Argentina, o USDA projeta redução de 54,50 mi/t para 50 mi/t. Para a safra de milho, aumento de 22,50 mi/t para 25 mi/t;

- A safra de soja da China deve ter redução de 14,70 mi/t para 14,40 mi/t.

 

Dos estoques finais:

- Para a soja, em nível mundial, existe um aumento de 60,44 mi/t para 61,42 mi/t. Quanto ao milho, reduz de 148,07 mi/t para 132,36 mi/t, dado fundamento que revirou o mercado;

- Quanto os estoques americanos da soja, o USDA reduz de 9,526 mi/t para 7,212 mi/t e de 28,348 para 22,912 mi/t para os estoques finais de milho.

 

Na produtividade das safras 2010/11 dos Estados Unidos, a redução deverá ser de 50,10 sacas/hectares para 49,77 sacas/hectares da soja e do milho de 169,99 sc/ha para 162,98 sc/ha.

 

O analista da XP Investimentos, Ricardo Lorenzet, avalia que o relatório assustou as projeções iniciais dos mercados para com a disponibilidade de grãos global, uma vez que a demanda mundial está muito aquecida.

No início da tarde, as informações altistas elevaram as negociações no limite de alta em Chicago, quando a soja já bateu 70 pontos e o milho, 60 pontos. Para não parar o mercado, os negócios continuam no paralelo, em operações de hedge e opções, onde a soja bate alta de mais de 20 pontos e o milho, mais de 30 pontos. No embarque da alta, todas as outras commodities agrícolas seguiram a alta.

O mercado agora deverá ficar atento para com o clima nas safras da América do Sul, previstas para serem iniciadas nos próximos meses. No Brasil, os produtores estão de olho na janela e com as plantadeiras posicionadas para começar o plantio. Uma vez que o clima será influenciado este ano pelo fenômeno La Niña, com períodos mais secos, a preocupação assola o mundo.

Lorenzet acredita que as cotações poderão subir mais 2 dólares para soja e mais 3 dólares para o milho, já que qualquer risco maior com falta de produtividade e redução de estoques, afeta o fator fundamental da demanda.

Com as explosões das altas, os fundos especulativos tendem a atuar cada vez com mais força sobre as cotações agrícolas. Portanto, são eles que trazem a volatilidade dos preços, derrubando-o a qualquer reflexo de números mais altos. A dica do analista para o produtor brasileiro é para que ele atente aos atuais número e começa a travar negócio no mercado de opções para assegurar as os lucros futuros.

 

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Fonte:
Redação NA

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