EXCLUSIVO: Falta de oferta sustenta cotações do algodão em alta por mais dois anos
O relatório do Departamento Agrícola dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) fez as cotações nas bolsas financeiras explodir em suas altas. Para o algodão, o movimento não foi diferente, já que não existe oferta para a demanda aquecida mundial. Perda nas principais safras da fibra mudou o cenário que tende a ser altista pelos próximos dois anos.
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A alta lá de fora reflete para os produtores brasileiros positivamente, quando já pensam em aumentar a área plantada no próximo ano safra 2010/11. Mesmo a moeda brasileira se valorize frente ao dólar, serão as altas do mercado que segurarão as cotações.
Por outro lado, a indústria não conseguiu ainda repassar o valor mais caro das suas compras para a mercadoria final do consumidor. As compras deverão cessar momentaneamente, segundo a analista de mercado, Maria de Lourdes Yamaguti, mas como falta produto no mercado, a conseqüência será apenas de repiques em alta e baixa nas cotações.
O Governo do Brasil autorizou importação de até 250 mil toneladas até maio de 2011. “Embora o mercado esteja um pouco retraído, a tendência é de alta. Eu acredito que mesmo se entrar (importação) essas 250 mil toneladas aqui no Brasil, mesmo com essa intenção, o mercado deve se manter em alta”, afirma Yamaguti.
É importante lembrar que os estoques brasileiros estão com 200 mil toneladas de algodão, quando deveriam ter um volume de 500 mil toneladas para abastecer as indústrias até a entrada da próxima safra.