EXCLUSIVO: Mesmo em dia de realização de lucros, cotações são remuneradoras ao sojicultor brasileiro
O dia começou positivo para as cotações da soja, mas encerrou o pregão em perdas na Bolsa de Chicago, após os fundos realizarem lucros. Na última sexta-feira (08), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou estoques mundiais abaixo do que o mercado esperava e o milho puxou as cotações de todas as commodities agrícolas, sendo que a soja bateu seu limite de alta dos últimos 14 meses.
<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Ricardo Lorenzet, analista da XP investimentos, explica que as expectativas estão voltadas para as safras da América do Sul. No Brasil, a previsão indica volta das chuvas em intensidade agronômica ideal a partir da próxima quarta-feira (20) e a bolsa reflete em realização de lucros por parte dos fundos especuladores. A demanda, principalmente da China, pela oleaginosa diz para as produções mundiais que não pode haver perdas.
Por outro lado, os preços podem ter atingido seu limite de alta e os atuais preços são oportunos para o produtor travar negócios em posições futuras do mercado. Lorenzet explica que o patamar é interessante já que desde o começo do ano, o produtor obtém rentabilidade no seu negócio quando a relação de troca melhorou e agora os preços mais altos.
O analista projeta que no curto prazo, o cenário continua com o milho na esteira puxando as altas, há a briga por área a ser plantada nos Estados Unidos e os fundos mantendo posições fortemente compradas. Portanto, apesar de o risco climático que assola o inicio do plantio sul-americano fazendo com que os preços possam subir ainda mais, é hora de o agricultor garantir alguns lucros.