EXCLUSIVO: Ocepar manda documento ao Governo para solucionar os gargalos da triticultura brasileira

Publicado em 27/10/2010 13:06 e atualizado em 27/10/2010 17:22
Trigo: Ocepar pede leilões de PEP para que o trigo que está parado no País seja exportado. Mas antes os 3 mil produtores que venderam trigo ao Governo querem pelo menos receber o que não foi pago desde o ano passado.

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Em reunião ontem com o MAPA (Ministério da Agricultura), a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) entregou ontem um documento pedindo novos leilões de PEP (Prêmio para Escoamento do Produto) para escoar o trigo parado dos sul do país através de exportações e a liberação do montante a ser pago aos mais de 3 mil produtores de venderam ao Governo o cereal no ano passado que ainda não foi pago.

 

O superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa, explica que as operações de AGF (Aquisição pelo Governo Federal) de trigo referente a safra anterior não foram completamente pagas, só no Paraná, resta R$ 148 milhões em notas vencidas em 30 de junho. Mais de 3 mil produtores e 14 cooperativas entregaram mais de 65 mil toneladas do cereal e até hoje aguardam o pagamento.

 

Referente ao segundo pedido da Ocepar, os triticultores que produziram trigo de alta qualidade nesta nova safra sofrem mais uma vez com exigências das indústrias de moagem que, com a taxa de câmbio baixa, preferem adquirir produto importado. O Paraná colheu mais de 3 milhões de toneladas do cereal e apenas 15% do volume fora comercializado até agora. Além de o interesse de compra ser baixo, são obrigados a vender sob o preço abaixo do mínimo estipulado pelo Governo de R$ 477,00 por tonelada. Vendem hoje a RS 430. Com a inviabilidade para comercialização, pedem que o destino seja a exportação do cereal.

 

Em resposta, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse já ter assinado a portaria para que aconteçam os leilões de PEP, porém, resta a assinatura dos ministros do Planejamento e da Fazenda.

 

Costa lembra que só no Paraná são mais de 1 milhão de hectares destinados ao cultivo do trigo, a uma média de empregos gerados de 70 mil pessoas e suas famílias por aproximadamente 100 dias de produção. “São milhares de trabalhadores, de agricultores que estão envolvidos no processo e, ao passo que o trigo chega importado em uma operação simples (entra no porto e vai para indústria que já industrializa e manda para o mercado). Toda essa geração de riqueza, principalmente nos pequenos municípios acaba não ocorrendo”, diz.

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Fonte:
Redação NA

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