Negócios com grandes volumes de feijão fizeram os preços do carioca reagirem na semana, voltando aos R$ 180,00/sc

Esta semana mostrou-se positiva para os preços do mercado do feijão no país. Houve uma reação, já aguardada, ocasionada por uma maior demanda por parte dos especuladores, que perceberam que os volumes disponíveis eram poucos para a próxima safra, despertando a necessidade de se fazer reposição, como aponta o analista de mercado Marcelo Lüders.

Os negócios foram feitos em volumes importantes, de cerca de 5 mil a 10 mil sacas em estados como Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais. No entanto, alguns produtores ainda não aceitaram os preços de R$180/saca e ainda aguardam para que haja uma valorização mais próxima dos R$200/saca.

Com a segunda safra a ser plantada, o volume de feijão não deverá ser tão grande em abril. Este é um momento, segundo Lüders, interessante para as vendas, diminuindo a pressão na próxima semana. Ele lembra que os produtores estão muito conscientes, conversam muito entre si e que dificilmente os preços devem ceder.

O feijão preto, por sua vez, enfrenta uma situação diferente. Os produtores, que tiveram preços de até R$170/saca no início da safra, venderam por entre R$120 a R$130/saca, atendendo necessidade de caixa.

Segunda safra

A oferta não deverá ser concentrada para o feijão carioca, que será plantado em menor escala. Os produtores optaram por apostar no feijão preto.

As lavouras se desenvolvem bem e enfrentam apenas algum risco com a entrada de frentes frias e um inverno mais tradicional, que poderá afetar no desenvolvimento da planta caso haja um período de insolação menor.

Lüders destaca que, caso o feijão preto atinja os patamares de R$100 a R$110/saca, uma oportunidade de exportação poderá ser aberta.

Fórum Brasileiro do Feijão e Pulses

De 21 a 23 de junho, em Campinas/SP, será realizado o Fórum Brasileiro do Feijão e Pulses. Neste ano, a atenção será voltada para os assuntos técnicos e nos desafios que existem não só para uma maior produtividade, mas também para uma maior lucratividade dos produtores.

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