Feijão branco é alternativa para diversificação de plantio e com potencial demanda para exportação. Iapar avança nas pesquisas

Publicado em 29/06/2017 10:25
IPR - Garça do IAPAR tem ciclo de 60 a 70 dias e produtividade de 2,5 mil kg/ha. Variedades mais produtivas devem ser lançadas em 2018
Vânia Moda Cirino - Pesquisadora do IAPAR

O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), que existe há 45 anos, já desenvolveu 36 diferentes variedades de feijão, sendo uma delas a IPR Garça, que é uma variedade de feijão branco surgida em 1995 como forma de oferecer mais uma opção, demandada no mercado externo e que alcança preços superiores no mercado interno.

Vania Moda Cirino, pesquisadora do IAPAR, destaca que, para que a produção dessa variedade seja difundida, falta a difusão de tecnologias e também a organização de cooperativas para que os agricultores possam receber orientações de como trabalhar com essa variedade, que possui um ciclo superprecoce de 65 a 70 dias e um potencial produtivo de 2500kg por hectare.

Por outro lado, a IPR Garça, do tipo andino, não tolera altas temperaturas e seca. No solo vermelho, ela também perde qualidade, por conta da coloração do feijão. Hoje em dia, apenas alguns produtores exportadores tomaram a iniciativa de produzir esse feijão isoladamente.

A Argentina é um forte concorrente neste mercado. Em 2006, a IPR Garça foi levada ao país para ser produzida. Entretanto, a entrada nesse mercado exige um produto de excelente qualidade, frequência e a identificação de possíveis importadores.

Esse feijão possui valores superiores ao carioca, geralmente vendido nas gôndolas em pacotes de 500g por um preço de R$5 a R$7. Para o produtor, ele também oferece uma perda quase zero, já que suas sobras podem ser aproveitadas para a produção de farinha, utilizada na indústria farmacêutica, na indústria de cosméticos e também por aqueles que possuem alergia a glúten.

Cirino destaca ainda que o feijão tem muitos benefícios para a alimentação humana, sendo rico em fibras solúveis e em minerais como ferro, zinco e magnésio. De digestão mais fácil que o carioca, o feijão branco poderia entrar diariamente na mesa dos consumidores.

Para obter mais informações, acesse o site do IAPAR:

www.iapar.com.br

Tags:

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ANA e INPE lançam publicação que atualiza dados sobre irrigação de arroz no Brasil
Abiarroz intensifica ações para abertura do mercado chinês ao arroz brasileiro
Federarroz monitora situação das chuvas em lavouras arrozeiras gaúchas
CNA debate área plantada de soja e milho no Brasil
Ibrafe: Preços já estão 40% abaixo do praticado no ano passado.