Redução de preço mínimo do feijão foi aplicada após constatação de queda no custo de produção, diz Conab

Publicado em 20/07/2017 12:51
Oferta de safra ajustada com demanda garante preços médios remuneradores ao produtor durante o ano
Confira a entrevista com Wellington Teixeira - Superintendente de Gestão e Oferta da Conab

Wellington Teixeira, superintendente de Gestão e Oferta da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), conta que a estimativa de 3.374.000 toneladas para a safra atual de feijão é compatível.

Os produtores estão colhendo a terceira safra de feijão e a safra deverá fechar dentro da estimativa. A produção está alinhada com o consumo brasileiro, gerando um excedente de 14 mil toneladas, apenas.

Esse equilíbrio trouxe os preços para um patamar normal de preços - ao contrário do que ocorreu no ano passado, quando os produtores chegaram a receber até R$500 pela saca. Agora, os preços giram em torno de R$113 a saca.

Teixeira aponta que o preço mínimo está por volta de R$84,70. Com isso, os preços praticados atualmente remuneram os produtores, na visão de Teixeira. Na média da safra, os custos de produção poderão ser maiores.

Em termos de área, a terceira safra teve 11% de aumento em relação ao ano passado, o que é compatível com safras anteriores.

A demanda está estagnada - o equilíbrio se dá no aumento da população, mas não se chega a um aumento. O mercado mundial de feijão é restrito, portanto, as exportações não são o caminho, na visão do superintendente.

A diversificação da produção, por sua vez, em especial no feijão caupi, pode voltar-se ao mercado externo. Essa produção ainda está bastante concentrada no Centro-Oeste. Por parte da Conab, não há um instrumento para incentivo à diversificação.

Com a divulgação dos novos preços mínimos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), ele destaca que o preço mínimo deve ser visto como uma garantia e não como um balizador das decisões a serem tomadas no mercado. A redução do preço mínimo, como aponta Teixeira, foi balizada com pesquisas realizadas sobre o custo de produção.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ANA e INPE lançam publicação que atualiza dados sobre irrigação de arroz no Brasil
Abiarroz intensifica ações para abertura do mercado chinês ao arroz brasileiro
Federarroz monitora situação das chuvas em lavouras arrozeiras gaúchas
CNA debate área plantada de soja e milho no Brasil
Ibrafe: Preços já estão 40% abaixo do praticado no ano passado.