Em Paranapanema (SP), plantio do feijão se aproxima do fim e produtores seguem de olho nos preços

Publicado em 09/08/2017 10:45
Custos de produção dessa safra giram em torno de R$ 130 a R$ 140 por saca. Atualmente, valores praticados no mercado estão abaixo desses valores. Perspectiva é que sejam colhidas 50 sacas de feijão por hectare. Agricultores já se preparam para a safra de verão e maior investimento deverá ser realizado na cultura da soja.

Abel Simões, engenheiro agrônomo e produtor rural de região de Paranapanema (SP), conta que o plantio de feijão na região deverá ter uma área por volta de 16 mil hectares, semelhante ao ano passado. Deste número, 80% da área já foi plantada.

Dentro da janela ideal, o plantio deve ser realizado até meados do mês de agosto. Ele começa a ser plantado a partir de 1º de junho. Passando desse período, a colheita pode ocorrer no mês de dezembro, o que traz riscos por conta do período chuvoso. O plantio também é feito nesta época para desviar da mosca branca.

As áreas são de alto investimento, por conta de grande parte ser irrigada. As adubações são bem elaboradas, com maquinário de ponta e mão-de-obra qualificada, além de haver uma atenção especial para a parte biológica do solo. Os custos passam de R$7000/ha, ou seja, R$130 a R$140 por saca de custo.

O rendimento médio das lavouras fica em torno de 50 sacas por hectare. Para conseguir uma margem em cima do custo direto de produção, a safra precisaria ser vendida a partir de R$150/saca. Abaixo deste preço, os produtores não obtêm rentabilidade.

O feijão é uma cultura de alto risco e traz "sempre uma surpresa" para os produtores. Para Simões, não há nenhum fator no mercado que possa indicar um aumento dos preços para o produto neste momento, mas que um fator desconhecido também pode aparecer no mercado.

Estocar o feijão "só vai adiando o problema" e "não é uma coisa muito saudável para o produtor", como opina Braga.

A cultura da soja, por sua vez, é uma cultura de "salvaguarda", pois os produtores já sabem exatamente quanto irão gastar. A não ser que ocorra um problema climático, ela é pouco rentável aos produtores da região, mas é previsível.

Por: Fernanda Custódio e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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