Safra de feijão de inverno em SP se aproxima do fim e apesar da redução de 15% na área plantada, produtividade compensa oferta

Publicado em 30/10/2017 13:29
Em novembro começa a colheita da safra das águas nos municípios paulistas de Itapetininga e Ourinhos. Expectativa é de boa oferta, mas dentro da normalidade para a época

Ana Victória Monteiro, pesquisadora científica do IEA, destaca que a safra de inverno de feijão no estado de São Paulo está chegando ao final. Algumas regiões ainda estão colhendo, mas estas são as variedades mais tardias.

A safra de inverno representa 30% do feijão produzido no estado, sendo que a maior área é composta por irrigação, quando a rentabilidade pode chegar a 2600kg por hectare. Sem irrigação, essa rentabilidade fica em 1465kg por hectare.

A área, de 25 mil hectares, é menor do que no ano passado, que contou com 29,6 mil hectares. Porém, a produtividade está 10% maior.

O preço médio de janeiro a dezembro do ano passado foi de R$283. Neste ano, de janeiro a julho, o preço médio está em R$161. Contudo, houve um aumento de 17% da produção, o que compensou no equilíbrio de preços.

Em novembro, o feijão da safra das águas, que está sendo plantado desde setembro, já começa a ser colhido. O período de colheita vai até março do próximo ano, já que esta é a maior e mais extensa safra.

A tendência, como conta Monteiro, é que esta safra traga uma melhora para a produtividade e uma manutenção de área. O feijão dessa safra representa cerca de 55% da produção anual em São Paulo.

O estado de São Paulo tem, em média, 36 regiões que produzem feijão. A princípio, "este é o melhor momento do ano". "Se conseguirmos fechar bem a safra de inverno, a safra das águas nos preocupa muito pouco", salienta Monteiro.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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