Chuvas impactam produtividade e qualidade do feijão em Castro (PR) e preços reagem

Publicado em 04/01/2018 09:59
Colheita do feijão foi interrompida após duas semanas de chuvas. E produtores ainda terão que aguardar 7 dias para retomarem os trabalhos nos campos. Perdas são consolidadas, mas ainda não foram contabilizadas. Saca do feijão carioca subiu de R$ 80,00 para R$ 120,00. Valor ainda está próximo do custo de produção.
Confira a entrevista com Eduardo Medeiros - Presidente do Sindicato Rural de Castro/PR

Os produtores rurais de Castro/PR estão preocupados com as lavouras de feijão, visto que na região já está com 15 dias de chuvas constantes e a colheita foi interrompida. Ainda não é possível quantificar as perdas, mas a qualidade do feijoeiro está comprometida e a quebra na produtividade já está consolidada. Contudo, os agricultores estão que esperar 7 dias para retomar os trabalhos de campo. 

O presidente do Sindicato do Rural do município, Eduardo Medeiros, destaca que o faturamento do agricultor ficará prejudicado e consequentemente vai impactar nos preços. Além do que, muitos produtores não tem seguro que cobre danos causados por excesso de chuvas.”O prejuízo ficará para o produtor, pois o que temos aqui é proteção contra granizo e outras questões especificas.”, ressalta.    

Segundo estimativas do Deral (Departamento de Economia Rural), cerca de 17% da área de feijão já foi colhida no estado. No entanto, a colheita desta safra seria antecipada, para em seguida iniciar o plantio da soja. “É uma modalidade que está começando a se ensaiar, feijão e depois soja. Porém, não é uma safra grande e nem volumosa”, comenta.

Veja as imagens da lavoura de feijão: 

Preços

No período da colheita, os preços praticados para o feijão carioca giravam em torno de R$ 80,00 a R$ 85,00 a saca. Atualmente, a comercialização da saca está por volta de R$ 120,00. Já para o feijão preto, os preços estavam por volta de R$ 110,00, e agora giram em torno de R$ 130,00. Sendo que os valores praticados estão próximos aos custos de produção. “Isso é reflexo do mercado reagindo, mas o mínimo que poderia acontecer é um aumento nos preços”, finaliza o presidente.

Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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