Com tendência de migração para o milho, preços do feijão devem se manter valorizados

Publicado em 21/01/2020 13:37
Feijão registra o maior preço para um mês de janeiro nos últimos 6 anos
Marcelo Eduardo Lüders - Presidente do IBRAFE

Podcast

Entrevista com Marcelo Eduardo Lüders - Presidente do IBRAFE sobre o Mercado do Feijão

 

Download

Apesar de os preços do feijão carioca terem recuado um pouco para o produtor neste mês de janeiro, o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders, explica que os valores pagos ainda são bons e devem continuar melhorando. Isso porque há uma tendência de migração de plantio nas áreas para o milho, o que pode reduzir ainda mais a oferta de feijão, elevando os preços.

Segundo Lüders, os preços agora estão melhores do que nos últimos seis anos, mas o indicativo é de que os produtores de Minas Gerais e Paraná, por exemplo, possam reduzir ainda mais a área plantada, justamente por compararem a valorização com o milho.

"A sugestão é que o produtor olhe com atenção esta segunda safra que ela pode dar boas oportunidades. Se está todo mundo indo para soja e milho, reserve área para o feijão", alerta Lüders.

Outro ponto destacado por ele é que o produtor aproveite para fixar contratos com empresas, pelo menos 50%, e deixar a outra metade para fechar na colheita. 

Sobre as exportações, segundo ele o feijão brasileiro está consolidado, com variedades como mungui, caupi, rajado, vermelho sendo bem aceitas no exterior. Lüders explica que estas variedades são boas opções, já que já há notícias de quebra de safra em países que plantam feijões. 

 

 

Por: Aleksander Horta e Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Anec projeta aumento nos embarques de soja e milho do Brasil em dezembro
Abertura de mercado para o Brasil na Índia e na Rússia
Arrozeiros celebram aprovação do uso da Taxa CDO para apoiar cadeia produtiva do arroz
Arroz/Cepea: Indústria retraída e exportações fracas mantêm pressão
Rússia eleva tensão no Mar Negro e milho e trigo sobem em Chicago
Híbrido tolerante ao pulgão é aposta da Corteva Agriscience para a cultura do Sorgo na próxima safra